Passa ano entra ando e a política reacionária dos banqueiros não muda em nada.
Mal começado o ano, os banqueiros do Banco Itaú/Unibanco demitiram dezenas de trabalhadores.
Em Brasília, dentre esses demitidos, encontram-se bancários de 10, 15 e 18 anos de serviços prestados para esses verdadeiros parasitas sanguessugas de trabalhadores.
Não é novidade para ninguém que, desde há muito tempo, os banqueiros utilizam os métodos para, através da miséria dos trabalhadores, aumentar os seus fabulosos lucros. Nos bancos privados, principalmente, os bancários têm uma média de permanência na empresa que, na maioria das vezes, não chega a dez anos. Se utilizam-se da prerrogativa dos bancários não estarem resguardados através da estabilidade no emprego, e demitem em massa os funcionários mais antigos, que possuem um salário um pouco maior, para contratar novos funcionários, com salários menores.
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, revela que a média do salário de novos admitidos em Bancos Múltiplos, com Carteira Comercial, tais como Bradesco, Itaú/Unibanco e Santander, é de R$ 5.528,10, enquanto que o salário médio dos demitidos é de R$ 6.326,14. Além disso, essa jogada desses verdadeiros mercenários, impacta diretamente na folha de pagamento através dos recolhimentos de impostos, férias, PLR, etc. e tal.
Os banqueiros estão numa verdadeira ofensiva reacionária contra os trabalhadores bancários através da política de demissão em massa, rebaixamento salarial, superexploração, etc. Na pandemia, mesmo assumindo o compromisso com as organizações dos trabalhadores em não demitir, jogaram no olho da rua mais de 15 mil bancários e, neste ano, se não houver por parte das direções sindicais uma verdadeira luta, tudo indica que a situação será ainda pior.
Um dos mais graves problemas da categoria bancária são as demissões. Uma categoria que chegou a ter cerca de 800 mil trabalhadores, hoje conta com apenas um pouco mais de 400 mil.
O direito ao trabalho é o único que verdadeiramente pode-se reivindicar do capitalismo, ou seja, que a classe dominante, a burguesia, alimente os “escravos” de seus sistemas de exploração.
Para manter este único direito dado pelo capitalismo é necessário erguer uma vigorosa campanha pela estabilidade no emprego, contra a rotatividade de mão-de-obra imposta pelos banqueiros e o seu regime político.