O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) foi apresentado ao mundo pela imprensa capitalista, nos últimos meses, como se fosse uma pequena entidade terrorista que não representaria os interesses da imensa maioria do povo palestino. E que seria dizimado pelo poderoso exército sionista de “Israel”.
Nesse sentido, a carnificina dos nazistas de “Israel” foi apresentada falsamente, por essa imprensa, como uma guerra da ocupação sionista contra o Hamas.
Aos poucos, uma parcela crescente dos povos oprimidos vai tomando consciência daquilo que já é muito claro para milhões de palestinos e árabes não só na região de origem do grupo, mas em todo o mundo, uma realidade que nada tem a ver com a versão falaciosa da imprensa capitalista: o Hamas é o partido das massas palestinas.
Essa posição foi conquistada pelo partido por se opor, na prática, à política conciliadora do restante da esquerda palestina, principalmente a partir das duas Intifadas (1987-1993 e 2000-2005), quando ficou explícito para milhões de palestinos a falência política da OLP (Organização de Libertação da Palestina), que nos Acordos de Oslo, decidiu reconhecer a legalidade do Estado de “Israel”, um enclave imperialista na região.
Fundado justamente em 1987 sob a liderança do Imã Ahmed Yassin, ligado à Irmandade Muçulmana, o Hamas é, neste momento, a melhor expressão da evolução política do povo palestino, ganhando uma força cada vez maior por ter se oposto ao acordo que o líder histórico das lutas palestinas, Yasser Arafat, e a OLP fizeram com o imperialismo. Desde o histórico e reacionário discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1988, eles abriram mão do que o imperialismo criticava (e ainda crítica) como “terrorismo” – isto é, da luta armada — como meio de luta, caminhando em direção à capitulação.
Afinal, os Acordos de Oslo marcaram o “reconhecimento” (sem apoio do povo palestino) de um Estado erguido sobre a expulsão de milhões de palestinos, destruição de mais de 300 vilas e cidades, massacres e genocídios por mais de sete décadas e que, agora, se expressa nos bombardeios criminosos sobre a população civil de Gaza.
Com uma política combativa e lutando contra a capitulação da OLP, o Hamas cresceu como organização de luta dos palestinos, principalmente da juventude palestina, principal setor da Intifada e das heroicas lutas atuais contra os genocidas de “Israel”.
O Hamas, que conquistou a posição de liderança sobre o povo palestino por sua oposição à política colaboracionista da OLP com “Israel”, é, atualmente, a legítima organização das massas palestinas, sua vanguarda inconteste.
Assim, o Hamas, que é parte da vida cotidiana dos palestinos com programas sociais e assistência à população, se tornou a vanguarda da resistência contra o Estado de “Israel”.
Uma clara expressão do fracasso do nacionalismo árabe tradicional e da ascensão do nacionalismo islâmico, que atua em todo o Oriente Médio como principal força de oposição à política do imperialismo.
O Hamas é, sem sombra de dúvidas, a estrela-guia dos palestinos, aquela que, neste momento, norteia os caminhos, que indica que a direção certa é a da luta sem tréguas contra a dominação do Estado sionista de “Israel”, títere dos Estados Unidos, o maior inimigo dos povos árabes e de todos os povos oprimidos de todo o mundo.
É o partido que está abrindo caminho, junto com outros grupos da resistência armada, para uma vitória histórica dos palestinos e dos explorados de todos os países. É a linha de frente no combate a uma das ocupações mais sanguinolentas da história da humanidade, a vanguarda que luta pela vida dos palestinos, dos árabes e dos oprimidos em todo o mundo. É o partido do povo palestino.
Por isso, estamos 1.000% com o Hamas!
