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Decadência

Greve em Hollywood expressa a gravidade da crise capitalista

Atores e Roteiristas de Hollywood se unem no que pode se tornar a maior greve da história da indústria cinematográfica norte-americana.

O sindicato dos atores (SAG-AFTRA) e o sindicato dos roteiristas (WGA) estão paralisados desde o dia 2 de maio no caso dos roteiristas e desde o dia 13 de julho no caso dos atores.

As categorias paralisaram conjuntamente depois de mais de 50 anos da última greve conjunta dessa vez para reivindicar da Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), associação representante de empresas produtoras de filmes e séries, como a Sony, a Disney, a Warner, etc, uma atualização dos seus contratos de trabalho.

A atualização diz respeito a ganhos residuais nas plataformas de streaming, aumento salarial, regulamentação do uso de Inteligência Artificial, limitação de testes de elenco pré-gravados, aumento de pensões e planos de saúde, atualização de períodos de contrato e outros tópicos de contrato.

Os atores e roteiristas reclamam que hoje os trabalhadores recebem um valor fixo pela exibição das obras em plataformas como a Netflix, independente do valor que aquele produto gera.

No caso dos atores, eles reivindicam que seja repassado para a categoria um percentual de 2% do valor que o produto gera para as empresas, o que inclui o lucro gerado pela publicidade e produtos derivados de filmes e séries.

Ainda por parte dos atores uma outra reivindicação é em relação ao controle do uso da Inteligência Artificial (IA) . Hoje não existe praticamente nenhuma regulamentação no que diz respeito à replicação da imagem de atores pelo uso da IA.

Com relação ao problema da regulamentação do uso da IA, o SAG reivindica que seja necessário obter o consentimento dos atores para a replicação de suas imagens.

No que diz respeito ao sindicato dos roteiristas (WGA), assim como no caso dos atores, a queixa é do valor desatualizado dos contratos que não chega nem mesmo a cobrir a inflação.

Além de um valor fixo pelo lucro gerado pelas séries e filmes, os roteiristas exigem também o fim das chamadas “mini salas de roteiristas” em que um grupo de roteiristas contratados para trabalhar em um projeto de produção pode ser dispensado sem que o projeto seja efetivamente lançado. Os trabalhadores exigem que a eles seja garantida pelo menos a remuneração equivalente a dez semanas de trabalho e uma bonificação de 25%.

Os roteiristas denunciam também que o ganho médio da categoria caiu mais de 23% nos últimos dez anos devido a diminuição do número de capítulos nas séries televisivas que de uma média de 24 capítulos por temporada tem hoje em média de 8 a 12 e os intervalos entre uma temporada e outra já não tem mais um prazo estabelecido para duração o que acaba prendendo um roteirista a  um determinado trabalho sem que haja um mínimo de garantia na sua retomada. A regulamentação do uso da Inteligência Artificial também está dentre as reivindicações do sindicato dos roteiristas, pois hoje essa tecnologia já substitui os trabalhos de revisão, tradução, dentre outros.

A última vez em que a indústria cinematográfica de Hollywood viu uma greve conjunta entre atores e roteiristas acontecer foi em 1960. A greve de então durou seis semanas, com os sindicatos das categorias reivindicando o direito de uma porcentagem dos valores ganhos com a exibição das películas pela televisão e terminou vitoriosa, garantindo aos atores e roteiristas além dos ganhos em porcentagem, o direito a planos de saúde e previdência.

A Indústria Cinematográfica de Hollywood está em franca decadência e a desvalorização dos profissionais que fazem o trabalho acontecer é uma expressão dessa grave crise. O investimento da indústria hoje se concentra mais em publicidade do que na qualidade do conteúdo. Uma expressão clara da destruição de tudo promovida pelo imperialismo.

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