O grupo de defesa das liberdades civis de Nova Iorque, o Centro para os Direitos Constitucionais (CCR), apresentou na segunda-feira (13) uma queixa federal contra o presidente Joe Biden, o secretário de Estado, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, acusando-os de “fracasso na prevenção e cumplicidade no desdobramento do genocídio do governo israelense”.
“Imediatamente após o lançamento da campanha de bombardeamento sem precedentes de Israel em Gaza, o Presidente Biden ofereceu apoio ‘inabalável’ a Israel, que ele e funcionários da administração repetiram consistentemente e apoiaram com apoio militar, financeiro e político, mesmo quando as vítimas civis em massa aumentaram ao lado Retórica genocida israelense”, disse o CCR.
Em declarações à Al Jazeera, Astha Sharma Pokharel, advogada do CCR, disse: “Eles têm uma responsabilidade significativa ao abrigo do direito internacional consuetudinário, ao abrigo da lei federal, de prevenir este genocídio, de parar de apoiar este genocídio. Em cada passo do caminho, em todas as oportunidades, eles falharam. Eles continuaram a fornecer cobertura a Israel; continuaram a fornecer apoio material a Israel; e atualmente pretendem enviar mais dinheiro e mais armas para Israel.”
A queixa federal, também fala sobre como as lideranças israelenses vêm se declarando em relação aos palestinos, como se fossem animais e ratos. Segundo o documento, estamos diante de uma combinação perfeita, entre esse tipo de declaração e assassinato em massa que acontece na Faixa de Gaza nesse momento “Numerosos líderes do governo israelita expressaram intenções genocidas claras e utilizaram caracterizações desumanizantes dos palestinos, incluindo ‘animais humanos’”.
O processo, além da criminalização das três principais lideranças norte-americanas no que diz respeito à guerra e relações internacionais, também pede que parem o apoio militar dos Estados Unidos para Israel. Todo ano os EUA enviam para o governo israelense cerca de U$ 3,8 milhões para apoio militar. Lógico que a partir do último dia 7 de outubro esse número deve ter aumentado em muitas vezes, junto também a materiais bélicos de todos os tipos.
Para a Al Jazeera, uma cidadã americana, que faz parte da denúncia contra o governo dos EUA, Laila al-Haddad, informou que teve cinco pessoas de sua família assassinada nos últimos dias em Gaza e questiona: “Paguei para Israel matar meus primos e minha tia, não há outra maneira de evitar isso. Foram os meus impostos que fizeram isso, que enviaram aquelas bombas para Israel para matar a minha família.”
No mundo inteiro é crescente o repúdio ao genocídio que estamos assistindo nesse momento. As manifestações têm aumentado significativamente em todo o globo. Lideranças de países que agora se colocam a favor ou em posição de neutralidade diante da operação de extermínio que vemos contra os palestinos, pagarão um preço político muito alto pela capitulação.
