Na última reunião das organizações e movimentos de luta (dia 2/3), convocada pela Frente Brasil Popular, Fórum das Centrais e Frente Povo Sem Medo, com a presença de todos os partidos da esquerda do movimento operário, ficou deliberado realizar atos públicos no dia 20 de março próximo, véspera da reunião do Copom (Conselho de Política Monetária).
O Copom é composto pelos oito membros da diretoria colegiada do Banco Central, sob o comando do seu presidente, Roberto Campos Neto, um serviçal dos banqueiros à frente da instituição desde o começo do governo Bolsonaro (2019).
Parasitas do povo brasileiro
Dezenas de milhões passam fome e o Brasil bate recorde de trabalhadores sem carteira assinada e quaisquer direitos, com um número cada vez maior de pessoas em verdadeiro regime de escravidão, trabalhando para comer mal, quando se consegue. Enquanto isso, os banqueiros deitam e rolam e, somente no ano passado, ficaram com quase R$5 de ca R$10 que foi arrecadado em impostos. Exatamente 46,30% de todos os recursos do orçamento federal foram para os bancos: 14 vezes mais do que os gastos com a Saúde; 17 vezes mais do que os gastos com a Educação. Também tomam para si boa parte dos orçamentos de Estados e Municípios e de todo o povo brasileiro. Mais de 70 milhões de brasileiros estão endividados.
Foram quase R$1,9 trilhão, em 2022, roubados do povo brasileiro, a pretexto de pagamento de juros, amortizações e serviços da fraudulenta dívida pública, já paga inúmeras vezes, graças às maiores taxas de juros do mundo. Por conta dessas taxas, a dívida pública ainda aumentou R$464 bilhões, cresceu de R$7,643 trilhões para R$8,107 trilhões.
Para este ano, estão previstos , com as absurdas taxas atuais, a transferência para os bancos de mais R$2,6 trilhões, conforme mostra o gráfico abaixo, elaborada pela Auditoria Cidadã da Dívida.

Trata-se de um gigantesco roubo, um obstáculo ao desenvolvimento do País, estimula o desemprego e só gera ganhos para os banqueiros parasitas.
Mobilizar os trabalhadores
Por tudo isso, é preciso mobilizar, nos bairros e locais de trabalho e fortalecer os atos, no dia 20/3, pela imediata e drástica redução da taxa de juros de 13,75%, que é a maior do mundo.
Pelo fim do controle do Banco Central pelos banqueiros (disfarçado de “autonomia”). Pelo aumento real do salário mínimo e o fim do imposto de Renda (IRPF) sobre os salários e a imposição de um imposto único sobre os lucros e as grandes fortunas.