O Governo Biden decidiu que irá fortalecer o cerco e barrar a entrada de imigrantes ilegais vindos de Cuba, do Haiti e da Nicarágua, que cruzem por terra a fronteira entre o México e os Estados Unidos. Anteriormente, apenas os venezuelanos estavam entre os que sofreriam tal restrição.
O presidente norte-americano também anunciou que tolerará, no máximo, 30 mil imigrantes legais por mês desses quatro países, desde que tenham patrocinadores e passem por verificações e checagens de antecedentes criminais. Para se ter uma ideia do quão pouco é o número, ainda mais com essas restrições, o número de migrantes desses quatro países foram impedidos de entrar nos Estados Unidos cerca de 82.300 vezes só em novembro do ano passado, a pé, através da fronteira com o México.
Os setores pró-imperialistas da esquerda, que embarcaram na demagogia de que Biden seria “um mal menor” em relação a Trump, são obrigados a confrontar-se com a realidade, em que o democrata não só manteve, mas ampliou a política de imigração de seu antecessor republicano.
Joe Biden leva adiante a política do setor fundamental do imperialismo. Portanto, é o maior inimigo da classe operária de seu país e de todos os países do mundo. Sua legislação draconiana no que se refere à imigração, punindo com mãos de ferro os trabalhadores miseráveis que fogem de seus países, que só estão em uma situação econômica de miséria por culpa da ação destruidora da própria burguesia norte-americana, é mais um elemento de sua política antioperária e antipovo, em geral. Tal política demonstra a profunda confusão daqueles setores que buscaram apresentar Biden como sendo o “mal menor” diante de Trump.