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Yankee go home

EUA reconhecem que querem roubar as riquezas da América Latina

Durante evento em Think Tank imperialista, general deixa bem claro que a máquina de guerra dos Estados Unidos atua para roubar os países do Sul do continente.

No dia 19 de janeiro foi transmitida uma entrevista que repercutiu bastante aqui na América Latina. A general do exército dos Estados Unidos e comandante do “Comando Sul” Laura Richardson participou do evento organizado pelo Think Tank “Atlantic Council” e foi bastante explícita no que diz respeito aos interesses do seu país sobre os recursos naturais da região. O “olho-gordo” do Tio Sam reforça o alerta aos povos latino-americanos, mesmo que cheguem com bandeiras em defesa de “direitos humanos” ou “ecologia” o que eles querem mesmo são nossos recursos naturais.

A missão declarada do “Atlantic Council” é “promover a liderança construtiva e o engajamento em relações internacionais baseado no papel central da “Comunidade do Atlântico” diante dos desafios globais”. Em outras palavras, é um Think Tank que trabalha abertamente na defesa do imperialismo. A tal “comunidade do Atlântico” são justamente os países capitalistas desenvolvidos, os países que impõem uma ditadura ao mundo. As falas da general norte-americana não poderiam estar direcionadas para um grupo mais adequado, porém como o evento foi transmitido na internet alcançou um público muito mais diverso.

Caber citar literalmente alguns trechos importantes da fala da General Richardson para se ter ideia da dimensão do “sincericídio”:

“Por que essa região é importante? Por todos os recursos e elementos de terras raras”

“Aqui está o triângulo do lítio, que é necessário para as tecnologias modernas.”

“Tem as maiores reservas de petróleo leve e doce, descobertas na costa da Guiana há mais de um ano”

“Tem os recursos da Venezuela também com petróleo, cobre, ouro..”

“Temos a Amazônia, 31% das reservas de água doce do mundo se encontram nessa região também”

“É uma coisa fora de série. Acredito que temos muito em jogo e temos muito o que fazer. Essa região é importante. É importante para nossa segurança nacional e precisamos intensificar nosso jogo”

O Ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, respondeu nas redes sociais às falas de Richardson: “O império tem razão sobre a quantidade de recursos estratégicos com os quais esta região conta. Mas a América Latina já não é um pedaço de terra para ser saqueado. Aqui se constrói um bloco geopolítico emergente que será chave na constituição de uma Nova Ordem Mundial Multipolar”. De fato, que a América Latina ainda está cheia de recursos naturais todos sabemos. Mesmo diante da política de rapinagem ao longo de séculos, ainda há muito mais para atiçar a ganância do capital parasitário.

O “triângulo do lítio”, citado pela general, se situa entre Argentina, Bolívia e Chile e detém cerca de 60% das reservas mundiais desse metal. Dentre diversas aplicações, se destaca sua importância na indústria de elétrica e eletrônica. Na época do último golpe de Estado na Bolívia, o capitalista Elon Musk escreveu “Vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso”, num outro exemplo recente de excesso de sinceridade imperialista. Evo Morales vinha defendendo que o lucro obtido com a extração do lítio deveria ser compartilhado com o povo boliviano e não ficar apenas nas mãos de multinacionais como a francesa Eramet, a norte-americana FMC ou a sul-coreana Posco.

Sobre o petróleo, vale lembrar que a Quarta Frota dos Estados Unidos foi reativada em 2008, pouco tempo depois do anúncio da descoberta do Pré-Sal no Brasil. Essa frota, que integra o Comando Sul, tem como “área de responsabilidade” todo o entorno do subcontinente sul-americano. Mais recentemente, foram descobertas as maiores concentrações de petróleo incluindo leve e doce da costa da Guiana. O petróleo leve costuma ser facilmente utilizado na produção de gasolina, sendo mais lucrativo que o “pesado”. Já o “doce” emite menor quantidade de gases do efeito estufa, uma espécie de petróleo menos poluente.

É importante ressoar o alerta aos povos latino-americanos, denunciando esse “olho-gordo” à luz da política de golpes de Estado, que entrou em uma nova etapa a partir da crise econômica que explodiu em 2008 e não foi superada ainda pelos capitalistas. Usurpar tamanhas riquezas é uma estratégia bastante previsível para dar sobrevida a esse capitalismo falido. A América Latina pertence ao seu povo, Ianques voltem pra casa!

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