Quatro meses depois de ter assumido o poder no governo do Peru, a golpista impulsionada pelo imperialismo, Cristina Boluarte, atinge a marca de 79% de rejeição popular, segundo pesquisa divulgada pelo Instituto de Estudos Peruanos (IEP) e divulgada no seu portal de internet no domingo (7).
Apenas 15% aprovam a maneira como o poder foi usurpado no Peru e como Boluarte governa o país; 6% não opinaram. A notícia foi dada pelo portal progressista Hispan Tv, que divulga em sua página de notícias que a pesquisa do IEP mostra um cidadão “permanentemente insatisfeito” com o líder do poder executivo do país e com a casa legislativa, o Congresso que, como se sabe, apoiou a maneira golpista como o ex-presidente foi tirado do poder passando por cima da vontade popular e burlando as leis locais para mudança do governo.
A pesquisa do IEP mostra que essa taxa de rejeição já era esperada pois 46% dos participantes da pesquisa se dizem “extremamente inseguros” e 32% se sentem “um pouco inseguros”. Em nossa análise os capachos do imperialismo, a burguesia peruana, não tem legitimidade política, como já divulgamos em diversas matérias sobre mais esse golpe do imperialismo em um governo na América Latina.
A população do Peru está disposta a levar a insurreição popular até às últimas consequências para conquistar a mudança do regime político e a derrota do imperialismo, uma verdadeira ditadura do imperialismo.
Os peruanos estão ativos e em franca luta contra o imperialismo não apenas no Peru, mas também nos diversos países para os que foram obrigados a emigrar para escapar da ditadura e da miséria de um país com imensos recursos naturais e um povo trabalhador. Os peruanos assim como os franceses e os russos são um exemplo de luta e resistência para os dias de hoje que começa a ser seguido por diversos países.
Boluarte tomou o governo de Pedro Castillo e governa na base da repressão da população que a rejeita constantemente conforme as últimas notícias do Peru. Boluarte, inclusive, já admitiu à imprensa o uso excessivo de polícia militar armada contra a população para manter seu governo de pé. Nota-se no Peru uma incapacidade já divulgada por este Diário de os políticos e a burguesia peruana, que seguem a linha neoliberal imposta pelos EUA no país, de serem aceitos pela classe trabalhadora peruana.
As justificativas para os golpes no Peru, são sempre as mesmas: denúncias de fraudes sem provas cometidas pelos políticos de esquerda, o “perigo do comunismo” mesmo nunca tendo existido, falsa legitimidade popular impulsionada pela imprensa golpista peruana controlada pela burguesia, enfim, tudo que se vê também no Brasil e em vários países da América Latina.
O presidente Pedro Castillo, no intuito de governar para o povo sem a intromissão do imperialismo americano, tentou uma ação que foi recusada pelo Congresso, este sob domínio da burguesia e dos banqueiros capachos da burguesia financeira americana, que deram um golpe no governo de Castillo e usando o poder judiciário e os militares para dar um tom de ato criminoso ao que Pedro Castillo fez e o retirou do poder, o que levou o Peru a um estado de total crise política e social.
O povo está farto dessa repressão e tutela do imperialismo, cada vez mais os peruanos mostram o seu descontentamento com o regime que está assassinando centenas de pessoas.
É preciso que a esquerda latina se una na defesa da iniciativa popular de tomada das ruas bem como orientar politicamente as massas visando rechaçar o intervencionismo golpista do imperialismo americano que atinge covardemente os governos de países com capitalismo atrasado como é o caso do Peru, impedindo-o de se desenvolver. As mobilizações populares têm que crescer e ser impulsionadas para derrubar a ditadura da Boluarte e a intromissão do governo americano no governo peruano.