Obs.: republicamos a presente coluna na ocasião da discussão envolvendo as redes sociais que está sendo travada por setores do governo Lula, principalmente pela posição de Flávio Dino em prol da censura online.
A direita e as instituições golpistas brasileiras preparam uma nova temporada de censura e de perseguição. Para defender a “democracia” – aos moldes do imperialismo norte-americano – dos atos bolsonaristas, iniciam uma verdadeira campanha de repressão ao povo e seus direitos democráticos. Como nos EUA, as redes sociais já se preparam para permitir uma nova onda de censura massiva à população.
Já vemos figuras ilustres, tanto da esquerda quanto da direita, falando em encarceramento massivo, fortalecimento da polícia, censura nas redes, afastamento arbitrário de figuras eleitas e por aí vai.
Tratam-se, sumariamente, de medidas para aumentar a perseguição do povo e para dar mais poder para os principais inimigos do povo. Dar poder para a polícia e para o aparato repressivo do estado, dar poder para o judiciário brasileiro é, na verdade, dar poder para aqueles que deram o golpe de estado, dar poder para aqueles que garantiram a vitória de Bolsonaro em 2018.
É próprio dos tribunais e da polícia manter acessa essa revolta contra o governo do PT. A toda e qualquer custa, precisam manter a dominação imperialista no Brasil. Na realidade, não foi a democracia ou as instituições que foram atacadas, mas sim, o governo Lula e todos aqueles trabalhadores que lutaram para o eleger.
O que acontece é de extrema semelhança com o que ocorreu no caso do Capitólio nos EUA. Contra os trumpistas lançaram mão de uma forte repressão, o que resultou apenas no fortalecimento tanto da extrema-direita, quanto das políticas de perseguição a população norte-americana. Querem fazer o mesmo no Brasil.
A Título de exemplo, a Meta (M1TA34), dona do Facebook, anunciou que vai censurar todo conteúdo em defesa das manifestações bolsonaristas.
Conforme o porta-voz do Meta, Andy Stone, a agitação deste domingo (8/1) no Brasil configura um “evento de violação” às políticas do Facebook e, por isso, os conteúdos que violam essas regras serão excluídos da plataforma. “Estamos designando isso [atos antidemocráticos em Brasília] como um evento de violação, o que significa que removeremos o conteúdo que apoia ou elogia essas ações. Estamos monitorando ativamente a situação e continuaremos removendo o conteúdo que viola nossas políticas”
É idêntico ao que ocorreu no Capitólio. E se permitimos, o resultado será o mesmo. Hoje, Trump tem maioria na Câmara e cada vez mais popularidade. Trump já criou uma rede social e de televisão da extrema-direita, preparada para enfrentar a censura dos democratas. Pelo andar da carruagem, o sucesso do bolsonarismo não tende a ser muito diferente.
Assim como dar poder aos aparatos repressivos e judiciais, dar poder as grandes empresas das redes sociais é dar poder para o imperialismo controlar tudo que pode ser dito. E, por outro lado, dar mais poder para a extrema-direita organizar a revolta do povo, como se ela fosse alguma alternativa contra o sistema.
A única alternativa, como já afirmou o PCO, é a mobilização das organizações populares. Sem censura, sem polícia, sem tribunais e sem censura. Quem elegeu Lula foi o povo brasileiro e só o povo brasileiro pode defendê-lo.
