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No seus 40 anos

CUT responde ao ataque, é preciso mobilizar os trabalhadores

Presidente da Central Única dos Trabalhadores publica nota criticando campanha da imprensa capitalista contra contribuição sindical. É preciso ir além e colocar a "tropa" na rua.

Em meio a um intenso ataque da burguesia golpista e de sua venal imprensa contra a proposta do governo Lula, por meio do Ministério do Trabalho, de recriar a contribuição sindical conforme discussão realizada também com as centrais sindicais, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) , companheiro Sergio Nobre, publicou nota no Portal da entidade, intitulada “O Brasil precisa de um sindicalismo do século 21” destacando que

“matérias publicadas recentemente na imprensa, de forma intencional, reduziram o debate sobre a valorização da negociação coletiva e a atualização do sistema sindical ao seu custeio”

Segundo Nobre, “trata-se de um desserviço ao debate público que temos procurado realizar“, isto porque, conforme ele assinala

Temos a convicção e, por isso, afirmamos que o debate central é a construção de um modelo de relações de trabalho, de negociação coletiva e representação sindical conectados com os novos desafios do mundo do trabalho do século 21. Novas tecnologias, digitalização, inteligência artificial, mudança climática, desigualdades são desafios de grande impacto e que exigem respostas inovadoras.

No decorrer do texto, o presidente da maior organização dos trabalhadores da América Latina e uma das maiores do mundo, com mais de 4 mil sindicatos filiados e que exatamente hoje completa 40 anos, arrola uma série de argumentos em favor da negociação coletiva, como a de que ela é “o melhor instrumento para tratar das questões do mundo do trabalho“,  e da atividade dos sindicatos representativos como “exigência de uma dinâmica de amplas e profundas transformações que precisam de regulação sindical e trabalhista tempestivas e seguras“.

Bem como destaca aspectos da situação deplorável das relações de trabalho hoje no Brasil, como o fato de que:

“mais de metade dos trabalhadores brasileiros não contam com proteção sindical e têm déficit de proteção trabalhista. São microempreendedores, autônomos, trabalhadores para plataformas de aplicativos, pescadores, agricultores familiares, artesãos, ambulantes, entre outros, que não têm nenhum direito trabalhista nem previdenciário. A CUT defende que todos os trabalhadores têm de ter proteção, independentemente de a contratação ser formal ou não. Para ter essa efetiva capacidade de proteção sindical dos trabalhadores, o movimento sindical precisa ampliar sua base de representação”.

Para em seguida, já na segunda metade da nota, tratar do problema do custeio, da sustentação dos sindicatos, que é justamente o tema central que vem sendo atacado pelos capitalistas, por sua imprensa (que muitos setores da esquerda iludidos consideram como sendo “democrática”)  e pelos partidos patronais, de um modo geral.

Sobre o tema, ele explica, que:

O custeio é parte importante desse modelo, para o qual propomos uma outra fonte de financiamento em substituição ao imposto sindical, fonte esta decorrente e vinculada às negociações coletivas e deliberada em assembleia pelos trabalhadores sócios e não sócios do sindicato.

Ele também discorre sobre a importância dos acordos coletivos para todos os setores dos trabalhadores e fala da necessidade de olhar o futuro, e destaca sua crença de que “o melhor modelo será aquele que as partes, trabalhadores e empresários, forem capazes de construir na mesa de negociação”.

Nobre atua de forma profundamente defensiva diante do virulento ataque dos piores canalhas da imprensa patronal que, sempre, atacaram a CUT, os sindicatos, defenderam o golpe de Estado e as famigeradas “reformas” golpistas, como a trabalhista, de Michel Temer e do reacionário congresso nacional, que jogou na lata do lixo décadas de luta dos trabalhadores por direitos, destruindo boa parte da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Eles não fazem o que fazem por por um problema de natureza conceitual ou ideológica, mas para defenderem seu lucros, imporem seus interesses contra os dos trabalhadores.

Os patrões sabem o que estão fazendo. O ataque dos “penas de aluguel” da imprensa capitalista não é o resultado de confusões ou de falta de perspectiva para o futuro. Eles sabem bem que o corte de mais de R$3,6 bilhões dos recursos arrecadados pelas entidade sindicais e até pelo Ministério do Trabalho, da  contribuição sindical (que ele preferem chamar de imposto) foi decisivo para  enfraquecer a luta dos trabalhadores e de certa forma, desarticular uma de suas principais armas.

Não por acaso, foi o período dos piores retrocessos de toda a história dos trabalhadores do País, em que eles conseguiram rebaixar os salários, demitir como nunca, ampliar as contratações sem carteira assinada, ou seja, aproximar nosso regime trabalhista de um verdadeiro regime de escravidão, inclusive, com milhares de trabalhadores em condições análogas à da escravidão.

Os patrões não precisam ser convencidos de que o sistema atual não presta. Serve para eles, para uma situação de crise capitalista em que a “saída” da burguesia é expropriar ainda mais os trabalhadores, para defender seus interesses.

Precisam ser desmascarados, evidenciados seus reais interesses. Mostrar, por exemplo, que quando Miriam Leitão e outros reacionários (disfarçados de “democráticos”), os editorialistas do Estadão, do Globo, da Folha, etc. fingem defender os trabalhadores atacando uma possível contribuição de até 1% dos vencimentos para os sindicatos, estão – de fato. – defendendo que os trabalhadores fiquem desamparados, enquanto esses mesmos senhores e os tubarões do sistema financeiros e outros que eles defendem roubam nossos direitos e fazem os trabalhadores pagaram um verdadeiro “imposto” de mais de 20% de tudo o que ganham que vai parar nos cofres dos banqueiros; receberem um dos piores salários mínimos do mundo (quando alegam que o Brasil está na posição de décima a economia mundial).

A campanha da direita visa claramente pressionar o Congresso Nacional, tão ou mais reacionário do que aquele que votou a “reforma” trabalhista contra os trabalhadores, inclusive, com o voto de setores que hoje estão dentro do governo Lula, atuando para sabotar as iniciativas do governo em favor do povo brasileiro. Para se contrapor à essa iniciativa da burguesia, é preciso lançar a arma mais poderosa de que dispõe a CUT e os sindicatos, a mobilização dos trabalhadores. Para isso  preciso lançar mão do devido esclarecimento dos trabalhadores, a partir dos locais de trabalho, fazer uma campanha em defesa dos sindicatos como instrumento fundamental para lutar  pelas reivindicações mais sentidas dos trabalhadores, de forma independente da burguesia, da sua imprensa, das suas instituições.

Levantar, como fez a CUT em seus primórdios campanhas que unifiquem os trabalhadores de norte a sul do País, em defesa da reposição das perdas salariais, de redução da jornada de trabalho (para gerar mais e melhores empregos), contra as privatizados, em defesa da soberania nacional com a exploração de 100% de nosso petróleo etc.

Sem dúvidas, são tarefas maiúsculas que estão colocadas para a CUT nos seus 40 anos. Assumí-las pode abrir uma verdadeira perspectiva positiva para o futuro, com base naquilo que deu resultado no passado, das lutas que levaram a CUT, nas suas origens, a se transformar na maior e mais importante organização sindical dos trabalhadores brasileiros de todos os tempos. Vamos à luta!

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