A crise na Argentina está sendo respondida pelo povo na força: nos últimos dias, o país está vivendo uma onda de saques a supermercados e lojas. Na terça-feira (22), os roubos coletivos chegaram à capital, Buenos Aires, após se espalharem por diversas outras regiões.
Sergio Berni, ministro da Segurança da província de Buenos Aires, afirmou, nesta quarta-feira (23) que, no auge do movimento, houve pelo menos 150 tentativas de saques na área metropolitana, resultando em 94 prisões. Durante o final de semana, cerca de 30 pessoas foram presas nas províncias de Córdoba e Mendonza. A agência de notícias AFP calcula um total de quase 200 detidos deste sexta-feira passada (18).
Setores do governo estão atribuindo os acontecimentos a Javier Milei e Patricia Bullrich, candidatos nas eleições que ocorrerão em outubro. A porta-voz da Presidência, Gabriela Cerruti, chegou a afirmar que “O clima nas redes sociais foi gerado por contas ligadas à A Liberdade Avança [coalizão de Milei] e a grupos de Bullrich”, repercutindo a acusação de que as redes sociais seriam culpadas pela onda de saques.
Aníbal Fernández, ministro de Segurança do governo, disse, porém, que o acontecido “não pode ser atribuído a fulano ou beltrano”.