Em duas semanas, ocorrerá em São Paulo a III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, um evento que primeira importância não só para o nosso partido, mas para o conjunto da esquerda e para definir uma nova etapa de lutas para todo o movimento operário. O evento será nos dias 9, 10 e 11 de junho, na quadra do Sindicato dos Bancários. Durante estas duas semanas finais, o partido estará empenhado em realizar dezenas de conferências locais, nos estados e municípios, a fim de agrupar a militância de cada região e traçar um plano de mobilização rumo ao evento nacional.
De norte à sul, já foram realizadas mais de 20 conferências e já temos várias programadas para as próximas semanas. Na região sul, cidades como Lages (SC) e Paranavaí (PR) já tiveram suas primeiras conferências e no final do mês está programada a realização dos eventos estaduais.
Em São Paulo, principal estado do País, já tivemos eventos em Marília, Araraquara, Piracicaba, Mauá, Embu das Artes, Limeira e, na capital, tivemos a conferência na USP, uma das mais importantes universidades.
Na região sudeste, tivemos Nilópolis e Niterói, municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro. Na capital carioca, houve também no bairo de Campo Grande, na zona oeste. Já em Minas Gerais, foram realizadas conferências em Juiz de Fora e em Grão Mogol, no norte do Estado.
Além disso, a primeira conferência do Distrito Federal foi realizada na Ceilândia. No Centro-Oeste, Norte e Nordeste, as conferências serão realizadas nos próximos finais de semana.
Diante da crise, avançar!
A Conferência Nacional tem como objetivo reunir 3 mil pessoas na capital paulista, para discutir um programa de luta para toda a esquerda, ao longo do governo Lula. Estamos diante de uma etapa importantíssima na luta política, onde o imperialismo enfrenta uma crise violenta e sem perspectivas de melhora. O panorama internacional é um indicativo desta crise, onde o imperialismo vem sofrendo importantes derrotas nos últimos tempos, tendo uma de suas principais expressões o conflito entre Ucrânia e Rússia, que é demonstrativo do grau de fragilidade que a OTAN e o imperialismo se encontram no momento. Ao assumir o cargo, Lula já sinalizou em várias oportunidades que não está disposto a ser um subserviente do imperialismo, estreitando relações com Rússia, China, indicando Dilma para presidir o banco dos BRICS e até defendendo o governo da Nicarágua, considerada por alguns setores mais atrasados da esquerda como uma ditadura.
No Brasil, a burguesia tenta de todas as maneiras se infiltrar no governo eleito pelos trabalhadores. A eleição de Lula é mais uma das expressões da crise, onde o golpe de estado — em curso desde 2016 — sofreu uma importante derrota, mas sem sair totalmente derrotado. Para não perder total controle do regime, a burguesia se apoia nos ministros golpistas enfiados à força no governo, além do próprio vice-presidente, Geraldo Alckmin. Por conta de sua política econômica, Lula tem sofrido críticas de banqueiros no Brasil e no mundo, pois já declarou em várias oportunidades que os bancos são os culpados e os trabalhadores não devem pagar pela crise. Ao mesmo tempo, Lula vem atacando a política de juros criminosa e a autonomia do Banco Central, defendendo a reestatização da Petrobrás e várias outras questões de importância nacional.
Organizar as bases rumo à Conferência
Para as próximas semanas, a nossa tarefa é realizar mais conferências. Para tal, é importante agrupar setores da esquerda em cada região do País, para articular um movimento que garantirá muitas caravanas que levarão o setor mais consciente da esquerda para a III Conferência Nacional dos Comitês de Luta.
Os militantes do partido estarão concentrados nesta tarefa. Os nossos simpatizantes e filiados estão convidados a se somar às conferências e ajudar em sua organização. Convocamos todos os companheiros a participar ativamente na campanha, podendo inclusive organizar atividades na sua cidade ou bairro.
A crise econômica que assola o mundo inteiro é uma oportunidade para os trabalhadores avançarem. Aqui no Brasil, a tarefa do momento é mobilizar para que, com um governo de trabalhadores, conquistemos as principais reivindicações do movimento operário. É hora de lutar por salário, emprego, moradia, terra e pelo desenvolvimento nacional, para reverter a desgraça em que a burguesia jogou os trabalhadores nos últimos anos.