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Rui Costa Pimenta

Presidente Nacional do Partido da Causa Operária. Editor do Jornal Causa Operária e do Diário Causa Operária. Escritor, palestrante.

Coluna de Rui Costa Pimenta

Caso Breno Altman: sionistas dão as cartas no Brasil

Contra a ingerência sionista no governo brasileiro é preciso reivindicar a ruptura das relações diplomáticas com Israel

A censura das opiniões políticas mostra-se de corpo inteiro na decisão da Justiça brasileira de obrigar o jornalista do PT, Breno Altman, a remover postagens de crítica ao massacre israelense na Faixa de Gaza.

Os defensores de ditaduras que inventaram a tese de que a liberdade de expressão não pode ser absoluta estão recebendo a lição de que essa liberdade é apenas tolerada no Brasil. As declarações de Altman são todas opiniões políticas. A decisão judicial em questão estabelece, portanto, de maneira clara o crime de opinião.

Essa decisão não é um raio em céu azul. Esse crime foi estabelecido utilizando como isca a extrema-direita bolsonarista. Os iluminados da esquerda alegaram que esse objetivo se colocava acima da defesa das liberdades democráticas, em primeiro lugar a liberdade de expressão. Agora, é a extrema-direita bolsonarista, aliada do fascismo sionista, que está censurando a esquerda e os defensores dos palestinos dos horrores da dominação israelense. Seria irônico, se não fosse um verdadeiro desastre político.

Uma segunda questão é que o companheiro do PT foi acusado pelo lobby do Estado facinoroso e sanguinário de Israel de antissemitismo, ou seja, de racismo, mesmo sendo ele de origem judaica. Os que apoiaram as leis antirracistas nunca suspeitaram (o, sancta simplicitas!) que tais leis repressivas não visavam a coibir o racismo, mas justamente, a fornecer um recurso adicional de repressão aos piores racistas. Sim, porque o sionismo é o mais atroz caso de racismo do século XX. A tomada da Palestina por um povo estrangeiro foi toda baseada na ideia de que o palestino não era um povo, mas um rebotalho humano que poderia ser tratado como animal.

Uma terceira questão é a investida do sionismo sobre as instituições políticas brasileiras. O processo contra Altman foi movido pela Conib, um lobby, ou seja, um grupo de pressão do Estado criminoso de Israel. Já tivemos a vergonhosa situação – e também criminosa – de ver a Polícia Federal ser utilizada para a propaganda do Mossad e nenhuma autoridade se pronunciou sobre a farsa. Ao mesmo tempo, o sionismo criminoso reúne-se com a Polícia Federal para instigá-la a perseguir a esquerda nacional que se pronuncia – na sua maior parte de forma débil – contra o crime escandaloso e monstruoso que está sendo cometido na Faixa de Gaza. Se nada for feito contra isso, seremos obrigados a apontar o dedo para o governo Lula e, particularmente, para o ministro da Justiça, Flávio Dino, como cúmplices do genocídio.

Apoiados por um sistema de comunicação corrupto que divulga uma enxurrada de mentiras contra os palestinos e justifica minuto a minuto os crimes do sionismo.

O ataque contra Breno Altman é um ponto de inflexão nessa luta no Brasil. Se essa investida passar, a repressão sionista, usando o estado brasileiro, vai se generalizar contra os defensores da Palestina martirizada. Para o sionismo, o sufocamento da opinião crítica dos seus crimes é uma questão vital. Isso é verdadeiro em Israel, no Brasil e no mundo todo. Não se trata apenas do crime atual contra a população de Gaza, mas de toda a história do Estado de Israel, desde os massacres, a expulsão e o roubo da maioria palestina até hoje. É uma história criminosa de uma sequência de horrores inimagináveis contra os palestinos.

A campanha em defesa do povo palestino no Brasil é fraca. Isso se deve à posição equivocada do governo que, sem qualquer prova, saiu a condenar a ação do Hamas como um atentado terrorista contra civis. Esta posição capituladora está na raiz da completa paralisia do PT e das principais organizações de massa como a CUT no que diz respeito à luta contra o genocídio.

A luta contra o sionismo é uma luta contra a extrema-direita brasileira e mundial. A luta contra o genocídio é uma luta contra a repressão da luta popular em geral. Não compreender isso é viver na estratosfera.

Em parte, a paralisia se deve à influência do sionismo dentro de todos os partidos de esquerda brasileiros que é transmitida não apenas, mas também pelas ONGs imperialistas-sionistas à moda da Fundação Open Society do sionista George Soros.

O caso Breno Altman coloca na ordem do dia uma campanha política contra a censura sionista, o que é uma campanha pela liberdade de expressão em geral. Esta luta tem que ser integrada com destaque na campanha geral em defesa dos palestinos.

Contra a ingerência sionista no governo brasileiro é preciso reivindicar a ruptura das relações diplomáticas com Israel. Contra a paralisia do PT e da CUT, exigir a sua participação no movimento de luta em defesa da Palestina.

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