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Presidente dos EUA

Biden arma teatro para pedir “pausa” na Faixa de Gaza

Governo norte-americano está pressionado devido ao nível de brutalidade israelense, nessa semana montaram uma cena para defender uma curta "pausa" no genocídio palestino.

A imprensa golpista noticiou com enorme alarde o que seria um pedido de “pausa” no que chamam de conflito entre Israel e os “terroristas” do Hamas. A repercussão dá a entender que estaríamos diante de um Biden humanista, um Biden “paz e amor”, o que cairia bem diante dos milhares de civis assassinados pelas forças armadas israelenses.

A cena aconteceu diante de um público de apenas 200 pessoas em evento onde o tema era sua candidatura a reeleição. O presidente norte-americano teria sido interrompido por uma rabina que disse: “presidente, se está preocupado com o povo judeu, como rabina, preciso que você peça um cessar-fogo”. Ao que Biden teria respondido “acho que precisamos de uma pausa”, explicando que seria uma pausa para retirada de prisioneiros (israelenses, é claro, pois os prisioneiros palestinos não importam para o imperialismo).

O teatro foi tão mal organizado que as matérias informam que tiveram que aparecer funcionários da Casa Branca depois para explicar que a “pausa” serviria também para que a “ajuda humanitária” pudesse chegar à população palestina. O excessivo cuidado do governo norte-americano para não contradizer abertamente Israel tem produzido esse tipo de mico político: diante de milhares de mortos de um lado, Biden se lembrou apenas de reféns do outro lado.

Ao mesmo tempo em que Biden e funcionários do governo reforçam declarações de apoio a Israel, acabam se vendo obrigados a tentar descolar sua imagem do horror que acontece na Faixa de Gaza. O evento no qual teria ocorrido a cena relatada, por exemplo, atraiu centenas de manifestantes com bandeiras palestinas e cartazes com dizeres como “Palestina livre”, “pare de bombardear crianças” e “pare de financiar crimes de guerra”. A pressão popular tem crescido rapidamente no mundo todo e o principal país imperialista do planeta não está imune a isso.

Tentando escorregar pela tangente, Biden chegou a dizer: “isso é incrivelmente complicado para os israelenses… é incrivelmente complicado também para o mundo muçulmano”. E após se afirmar como um defensor da “solução dos dois estados, desde o início”, voltou a firmar a posição pró-Israel ao destacar: “O fato é que o Hamas é uma organização terrorista. Uma organização absolutamente terrorista”.

É interessante notar que além dos problemas gerados pela notável impopularidade da guerra de Israel contra o povo pobre da Palestina, os Estados Unidos tem demonstrado crescente preocupação com outras possíveis consequências da política porra louca dos sionistas. Em geral, temos observado a burguesia manobrando nos últimos anos para colocar sua ala extrema direita na linha. Obviamente não por quaisquer dilemas éticos ou divergências profundas, mas por temer as reações à sua política abertamente agressiva. Especialmente as reações populares.

No caso da Palestina, já está escancarado que praticamente todos os governos do entorno estão pressionados pelas próprias populações, que exigem ações contra o massacre operado contra uma população com a qual compartilham muitos laços. Isso num contexto onde os Estados Unidos já foram expulsos do Afeganistão, fracassaram em derrubar o governo sírio e parecem estar muito perto de largar mão do governo Zelensky na Ucrânia. O histórico recente não indica que tenham bala na agulha para encarar um conflito militar de grandes proporções no Oriente Médio.

Por fim, cabe comentar brevemente sobre o papel canalha da imprensa burguesa. A cena em questão, que teria ocorrido no evento fechado do Partido Democrata, serviu para dar a manchete oficial para os órgãos de imprensa controlados direta ou indiretamente pelo imperialismo. Enquanto isso, o fato verdadeiramente relevante acontecia justamente do lado de fora. Esse sim, devidamente registrado pelas câmeras, tanto dos monopólios das comunicações quanto das pessoas comuns. Cabe lembrar que essa guerra em torno da informação é um aspecto central da luta política e a burguesia tem no instrumento da censura uma arma poderosa. A campanha deste Diário contra a censura, mesmo quando travestida de “censura do bem”, se prova mais uma vez um importante acerto político. O alvo da vez, em nível mundial, são aqueles que apoiam verdadeiramente a luta do povo palestino. Esses não podem ter voz.

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