Nessa quarta-feira (25), manifestantes favoráveis à operação especial russa na Ucrânia driblaram os seguranças do Aberto da Austrália, na Rod Laver Arena, em Melbourne. Torcedores exibindo o “Z”, símbolo da vitória da Rússia, e bandeiras com o rosto do presidente russo, Vladimir Putin, desfilaram na parte de fora do estádio. Enquanto isso, nos degraus da quadra principal, outros gritavam “Sérvia, Rússia, Sérvia, Rússia” e um hasteava a bandeira da Rússia também com o rosto de Putin no topo do mastro.
Em comunicado, demonstrando sua política ditatorial, a Tennis Australia afirmou:
“Quatro pessoas na multidão, saindo do estádio, revelaram bandeiras e símbolos inapropriados e ameaçaram os seguranças. A polícia de Victoria interveio e continua a interrogá-los. O conforto e a segurança de todos são a nossa prioridade e trabalhamos em estreita colaboração com a segurança e as autoridades.”
No ano passado, após o começo da operação especial russa na Ucrânia, dirigentes de Wimbledon decidiram banir russos e bielorrussos de suas competições. A ocasião gerou grande polêmica inclusive entre autoridades russas, que condenaram a determinação.
A operação da Rússia na Ucrânia representa um enfrentamento de um país oprimidos às forças imperialistas que, desde 2014, assassinam o povo do Donbass em um verdadeiro genocídio. Nesse sentido, qualquer força política que exalte a luta anti-imperialista da Rússia é censurado, valendo para a imprensa, para as artes e, como é no caso em questão, para o esporte.
Finalmente, o imperialismo não consegue sustentar a sua política reacionária de que a Rússia seria a verdadeira vilã da história. Portanto, precisa censurar todos que ousem levantar a cabeça contra a sua ditadura, o que não muda o fato de que, na luta contra o regime autoritário ucraniano, as tropas russas devem ser apoiadas, pois travam uma luta que enfraquece o imperialismo em todo o mundo.