Clubes Militares e grupos de direita anunciaram preparativos para celebrar no próximo dia 31 de Março, o golpe militar e a ditadura que o seguiu que torturou, matou e desapareceu com milhares de brasileiros e impôs ao País um perído de profundos retrocessos dos direitos democráticos do povo e de entrege da economia nacional para os abutres capitalistas.
Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (PTB), que se mostrou incapaz de impedir a invasão das sedes dos poderes em 8/1, – segundo divulgado pela imprensa capitalista – “afirmou aos comandantes das Forças Armadas que a pasta não divulgará nenhuma ordem do dia em 31 de março sobre a ditadura militar“. (Folha de S. Paulo, 1/3/2023)
Por hora, os chefes militares teriam indicado “que vão manter a sinalização, feita desde janeiro, de que o golpe não será celebrado“. Isso, depois de quatro anos em que comemoraram escancaradamente os golpes contra o povo e o País e o governo deles, de Bolsonaro e de toda a direita, que impulsionou a entrega das riquezas do País (como o petróleo e da Amazônia) para os monopólios internacionais, deixou o povo morrer na pandemia e de fome e aprovou medidas de duros ataques contra o povo trabalhador como a reforma da Previdência e privatizações como a Eletrobras.
O dia 8 de janeiro, mostrou que não adianta fingir que está tudo bem. Ficou evidente a colaboração e participação dos comandantes militares na organização dos protestos. Há também declarações tornadas públicas do descontentamento dos chefes militares com a vitória de Lula e das organizações de luta dos explorados nas eleições passadas.
Elas se somam à pressão dos banqueiros, os donos do “mercado” e sua imprensa venal contra as tímidas medidas em benefício do povo, deixando evidente que a direita não vai dar trégua
O resultado eleitoral não derrotou de vez o regime golpista de 2016; as articulações com a direita que domina o Congresso Nacional e os desmoralizados partidos da burguesia, que apoiaram o golpe de Estado de 2016, não são garantia para os direitos democráticos do povo e para o atendimento de suas necessidades.
É real a ameaça de golpe dos militares e da direita contra o governo eleito pela maioria dos trabalhadores.
Agora mesmo, eles querem fazer propaganda do golpe militar de 1964 para preparar uma nova investida contra os direitos democráticos da população.
Os partidos de esquerda, as organizações operárias e populares, os militantes e ativistas não podem fechar aos olhos e fingir que esse perigo não existe. Esse erro cometido por muitos setores, já custou muito caro no passado recente, com o golpe que derrubou a presidenta Dilma, a condenação e prisão ilegais de Lula e um retrocesso sem igual nas condições de vida do povo trabalhador.
Não podemos apenas dizer que somos contra, temos que mostrar nas ruas que vai ter resistência.
É preciso tomar as ruas para protestar contra os golpistas de ontem e de hoje, contra o fato de que os militares continuem tutelando o regime político, que o povo permaneça constantemente sob a a ameaça fardada.
O conjunto do ativismo da esquerda, dos partidos do movimento operário, da CUT, MST, CMP, UNE, dos Sindicatos etc. e todos que se reivindicam da defesa dos direitos democráticos do povo brasileiro precisam se mobilizar e chamar a sairmos às ruas, realizando atos contra a ditadura de ontem e de hoje.
Em São Paulo, o PCO e os Comitês de Luta, ja estão convocando para uma concentração a partir das 16h, do dia 31/3, Praça Oswaldo Cruz, na Av. Paulista, para a realização de um ato, seguido de passeata.
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