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Aprofundar a mobilização

Ampliar a mobilização, para deter o vampirismo dos bancos

A redução de 5% desses juros abusivos, faria o governo arrecadar R$ 175 bilhões. Isso explica o porquê de a burguesia querer um banco central 'idependente'.

Ato contra juros altos

Liderados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e com a participação de outras “centrais” , dirigentes sindicais e ativistas do movimento popular, foram realizados nesta terça-feira (21), atos em 10 capitais, em frente às sedes do Banco Central para exigir a queda da taxa básica de juros (Selic), hoje em estratosféricos 13,75% ao ano, os maiores do mundo.

Um roubo gigantesco

Em termos de juros reais (descontados a inflação), o ranking mundial aponta o Brasil em primeiríssimo lugar, com extorsivos 7,38%, seguido do México com 5,53%; Chile 4,71%; Colômbia 3,04%; Hong Kong 2,35% e Indonésia 2,34%. Diante da crise capitalista mundial, em que sobram capitais que não encontram remuneração, em diversos países os juros reais chegam a ser negativos. É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, com cerca de -0,03%; Reino Unido, com -0,95%; Suíça, com -1,48%; Japão -1.5% e Rússia, com -1,61%.

Os atos também tiveram como objetivo declarado reivindicar a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão que julga processos administrativos de grandes devedores e, que nos últimos anos, “perdoou” mais de R$1 trilhão de empresas sonegadoras porque a maioria dos seus conselheiros é de empresários. O regime golpista colocou “a raposa para tomar conta do galinheiro” e, enquanto a classe trabalhadora é condenada a pagar impostos até mesmo sobre salários miseráveis, os grandes capitais concedem anistia para suas empresas, por meio do controle do CARF.

Levantou-se também a reivindicação de fim da “autonomia” do Banco Central, que mantém o órgão que deveria ser o controlador da política monetária e dos recursos do governo, sob o direto controle de agentes dos banqueiros; bem como a defesa de “Fora, Campos Neto”, bolsonarista militante colocado no comando do Banco Central com mandato até 2024.

Faltou mobilizar os trabalhadores

Com uma pauta que expressa problemas reais que afetam diretamente a vida de todo o povo trabalhador, uma vez que os bancos “sugam” a maior fatia da riqueza nacional, ficando com cerca de 50% dos recursos dos orçamentos públicos (estimativa de mais de R$ 2,5 trilhões, neste ano) enquanto faltam verbas para a Saúde, Educação, moradia, combate à fome etc. os atos foram convocados como meros atos demonstrativos.

Começando pelo fato que quase todos os atos foram chamados para o período da manhã, no horário de trabalho da imensa maioria dos ocupados. O que de forma nenhuma evidencia uma política de quem quer mobilizar os trabalhadores. Neste sentido, foram atos demonstrativos, de uma minoria de dirigentes, da burocracia sindical e com pouca participação até mesmo de dirigentes sindicais que são dezenas de milhares em todo o País e da própria esquerda.

Além de uma pequena campana na internet, praticamente limitada aos grupos da esquerda e dos sindicatos, sites oficiais etc. a quase totalidade das entidades não divulgou um único boletim convocando os trabalhadores a participarem.

Não foram organizadas caravanas de trabalhadores das bases sindicais, nem mesmo de aposentados, que compõem uma parcela expressiva do ativismo dos sindical neste momento de expressivo esvaziamento da maioria das entidades sindicais.

Não há uma verdadeira campanha para vincular, como é necessário, o parasitismo dos bancos com a situação de miséria, desemprego, fome etc. Para explicar, por exemplo, que uma redução de 5% na atual taxa de juros – o que ainda deixaria a taxa nacional acima da inflação – equivaleria a uma economia de R$ 175 bilhões dos gastos do orçamento federal e teria consequências nos demais orçamentos públicos, das empresas e de dezenas de milhões de brasileiros, fazendo com que mais de R$ 500 bilhões pudessem ser injetados na economia, gerando uma pressão extraordinária no sentido do crescimento da economia nacional.

A realização de atos minoritários, demonstrativos, mostra, no melhor dos casos, uma ilusão de que se possa deter os poderosos, banqueiros vampiros da economia nacional, por meio de pressão de baixo impacto, por meio de um acordo com esses parasitas da economia nacional, o que de forma nenhuma irá acontecer.

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