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Dia de Hoje na História

24/03/2003: Liga Árabe vota 21-1 pela retirada dos EUA do Iraque

Os EUA e Reino Unido destruíram países Árabes e Muçulmanos para impor sua dominação

Nesse dia em 2003 os ministros da Liga dos Estados Árabes (LEA) condenaram a agressão dos EUA e Inglaterra contra o Iraque e exigiram a retirada imediata de suas forças militares do país. A votação foi unânime e apenas o Kuwait não votou favoravelmente à resolução devido à  invasão do Kuwait pelo Iraque, onde as tropas dos EUA forçaram a retirada do Iraque do território ocupado.

A resolução final da reunião “condena a agressão americano-britânica contra o Iraque” e exige “a retirada incondicional das forças de invasão do território iraquiano”.

O documento  considera “esta agressão como uma violação da Carta da ONU (…) e um desafio lançado à comunidade internacional”.  Acentua ainda “a necessidade de todos os países árabes se absterem de participar em qualquer ação militar com repercussões sobre a unidade e a integridade territorial do Iraque ou de qualquer outro país árabe”.

Desde essa época nota-se um posicionamento anti-imperialista por parte dos países membros da Liga Árabe. Mesmo antes da invasão americana ao Iraque o posicionamento da Liga era de não aprovação da invasão e que Saddam Hussein devesse colaborar com a inspeção do país pelos técnicos da ONU para averiguar a existência de armas de destruição em massa.

E o que hoje sabemos é que se tratava de mera desculpa para a invasão e que de fato queriam derrubar o governo de Saddam Hussein, que havia saído de controle do imperialismo na década de 1990 e desestabilizado a região. Aproveitaram para se apropriar do petróleo iraquiano abundante, e as armas de destruição em massa nunca foram encontradas. 

Isso serviu para que o anti-imperialismo criasse força no mundo árabe e muçulmano e os colocou frontalmente contra o imperialismo, além de demonstrar a fraqueza do sistema em conseguir dominar o oriente e os demais países mesmo pela força das armas.

Com a ocupação do Iraque, o imperialismo não conseguiu manter essa ocupação por muito tempo e precisou se retirar, principalmente após a completa destruição de uma base militar em solo iraquiano por mísseis iranianos em represália pelo assassinato do general iraniano Qasem Soleimani. Tiveram que se retirar sem conseguir usar todo seu arsenal de guerra, o que foi mais vergonhoso que a retirada do Vietnã após anos de tentativa de controlar o país sem sucesso.

Outra perda irreparável dos EUA foi a retirada desastrosa do Afeganistão, onde não conseguiram dominar as milícias do Talibã, sem preparo e sem equipamentos que pudessem de longe se equiparar aos dos americanos.

Recentemente China e Rússia conseguiram que dois inimigos históricos voltassem às mesas de negociação. Trata-se de Arábia Saudita, braço direito do imperialismo no oriente, e Irã de governo nacionalista, que assinaram acordo de cooperação e reabertura de embaixadas nos dois países. O que mostra que a política de cooperação entre as nações é muito melhor aceita que a de imposição pela força das armas e derrubada de governos.

A própria ação militar na Ucrânia que na verdade é a tentativa do imperialismo de aniquilar a etnia russa da face da terra usando de guerra por procuração usando a Ucrânia como estopim do conflito. Desde a saída do Iraque os EUA não fazem mais guerra com invasão direta, sempre usam de guerras por procuração, envolvendo outros países.

Precisamos lembrar que a Liga dos Estados Árabes é composta atualmente por 22 países na África e na Ásia, na região do grande Oriente Médio, sendo o maior e mais rico a própria Arábia Saudita, que visivelmente vai abandonando o lado do imperialismo e voltando-se para se unir aos BRICS.

Foi criada em 22 de março de 1945 com a “aprovação” do Reino Unido buscando manter algum domínio sobre esses povos devido ao seu enfraquecimento como nação hegemônica e pelas perdas de influência na região e à II Grande Guerra.

Estiveram presentes representantes do Egito, Iraque, Síria, Líbano e Transjordânia (Jordânia a partir de 1950). As conclusões do encontro traduziram-se na elaboração de um protocolo que visava aumentar a cooperação entre os países árabes.  Posteriormente juntaram-se Sudão, Líbia, Tunísia, Marrocos, Kuwait, Argélia, Iêmen do Sul, Barém, Catar, Omã, Emirados Árabes Unidos, Mauritânia, Somália, Djibuti e Comores. Ainda fazem parte da Liga Árabe na qualidade de observadores: Eritreia, Venezuela e Índia.

A guerra do Iraque foi um novo Vietnã, só não foi tão feio porque os EUA nem tentaram jogar com força total e desistiram antes, a luta dos iraquianos também não vinha de uma luta revolucionária de mais de 10 anos, o que ofuscou o tamanho da derrota do imperialismo. 

Mas ela foi um grande ponto de crise, quando os EUA invadiram a Síria dando margem para o governo da Rússia ter a possibilidade de intervir impedindo a derrubada de Assad, por exemplo. A invasão do Iraque não foi uma vitória para EUA e Reino Unido. Caso contrário eles teriam se fortalecido na região, Putin provavelmente não teria coragem de intervir. O mesmo vale para o Hamas que cresceu e teve uma grande vitórias eleitorais em 2006.

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