Nesta semana, reitores de Institutos Federais que foram eleitos mandaram carta para o presidente Lula por meio de sua equipe de transição para poderem assumir aos cargos aos quais foram eleitos. Os reitores, por meio da Frente Nacional de Luta pela Autonomia e Democracia nas Instituições Federais de Ensino Superior, desejam assumir pois, mesmo sendo eleitos, o que foi realizado durante o governo Bolsonaro não foi seguir os processos parcialmente democráticos das Universidades.
Durante seu mandato, o presidente ilegítimo e capitão da reserva indicou reitores que fossem alinhados política e ideologicamente com o seu governo e suas pautas principais para a educação pública; como, por exemplo, o seu desmantelamento e, posteriormente, o seu fim. A postura de Jair é a mesma que a burguesia adota e impõe aos seus lacaios (sendo Bolsonaro um deles): o fim do ensino enquanto um direito, atacando o ensino público, para, assim, conseguirem lucrar em cima do acesso de poucos às escolas e parasitar um número maior de pessoas. A Frente Nacional de Luta denuncia, ainda, que mais de 20 Institutos Federais estão sob intervenção federal, com reitores eleitos não empossados, enquanto farsantes capachos do militar aposentado e da burguesia nacional assumem o projeto de destruição da educação pública superior.
Somando ao absurdo que já foi anunciado, os interventores nomeados por Bolsonaro retém, segundo a Frente, mais de 18 bilhões de reais entregues pelo governo federal para eles, sendo óbvio que o dinheiro será aplicado para o fim pelo qual estão lá: atacar a educação pública. Cerca de 30% do orçamento destinado às universidades em 2021 está sob intervenção, sendo que aquilo que o governo investe já é uma fatia irrisória do bolo de despesas que deveria existir com assuntos relacionados à educação.
Na carta, os reitores pedem para que não existam mais interventores do governo federal e que sejam seguidos os procedimentos padrões, como, por exemplo, um reitor que foi eleito assumir o cargo. As Universidades Federais, entretanto, deveriam ser gerenciadas pelo governo tripartite nas suas instituições, ou seja, o que deveria acontecer é entregar o poder a quem é diretamente afetado por como está a Universidade Federal: os alunos, os professores e os demais funcionários.
Como os alunos são os maiores impactados e consideravelmente os que estão em maior número, teriam mais voz na participação das decisões, mas se faz fundamental que demais funcionários e professores fossem ativos no andar das graduações e pesquisas. A tecnologia e o esforço presente nas Universidades para alçar altos voos não deve estar presente na mão de tubarões da educação, de capitalistas e da burguesia em geral, mas sim a serviço da comunidade. Os setores citados anteriormente são os três pilares que fazem a Universidade funcionar e é na mão deles que deve estar o presente e o futuro das instituições federais e públicas que tanto podem servir ao povo brasileiro trabalhador como um todo.