– RT , tradução do DCO – Os estados membros da UE não chegaram a um acordo sobre um nono pacote de sanções econômicas contra a Rússia por causa de sua campanha militar contra a Ucrânia, segundo a Reuters. A agência de notícias, citando um diplomata anônimo, disse que vários países se opuseram a uma proposta de mudança nas medidas existentes.
De acordo com o relatório, as discussões foram realizadas na noite de quarta-feira em Bruxelas, antes da cúpula dos líderes da UE na quinta-feira.
O principal ponto de discórdia, afirma a Reuters, eram os planos para permitir a passagem de fertilizantes russos pelos portos da UE, incluindo aqueles produzidos por empresas russas sancionadas. Alguns países argumentaram que isso ajudaria a garantir a segurança alimentar nas nações em desenvolvimento.
Os oponentes, no entanto, que de acordo com a Reuters incluíam a Polônia e os três estados bálticos, argumentaram que tal relaxamento provavelmente seria abusado pelos oligarcas russos na lista de sanções da UE.
Outros estados membros teriam sugerido dar ao Programa Alimentar Mundial o direito de autorizar tais exportações.
A fonte da Reuters disse à agência que um novo rascunho do pacote de sanções deve circular na noite de quinta-feira.
Na semana passada, o Financial Times noticiou que Alemanha, França, Espanha e Holanda redigiram uma proposta pedindo isenções para grãos e fertilizantes russos e que o atual regime de sanções estava atrasando remessas vitais para regiões mais pobres.
O documento afirma que “ a situação legal atual contribui para a crítica de que as sanções realmente impedem o comércio de alimentos e fertilizantes. ”
Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu à ONU que pressionasse a UE a suspender as restrições. Ele disse na época que as sanções prejudicaram principalmente os países em desenvolvimento.
O chefe de Estado russo também prometeu fornecer gratuitamente 300.000 toneladas de fertilizantes retidos nos portos da UE para países em desenvolvimento.
A UE impôs sanções às exportações russas de fertilizantes em abril, proibindo a compra, importação ou transferência desses produtos para a UE. Em agosto, a Comissão Europeia emitiu um esclarecimento, segundo o qual os regulamentos também se aplicavam ao trânsito de fertilizantes russos para terceiros países via UE.