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Violência no campo

Sob ameaça, índios são expulsos de suas terras no Paraná

O grupo de 18 indígenas alega que o território reivindicado pertencia aos seus antepassados

Brasil de Fato – Um grupo de 18 indígenas dos povos kaingang e xokleng foi expulso de uma ocupação sob fortes ameaças na noite desta quinta-feira (15), em um território no município de Rio Negro, a 100 quilômetros de Curitiba. O local estava ocupado havia pouco mais de um mês e, segundo os indígenas, faz parte de uma área ancestral. Abrigados pela Assistência Social do município, eles aguardam a Fundação Nacional do Índio (Funai) e dizem que resistirão para permanecer no local.

“Entraram umas sete pessoas armadas, fora os que estavam nos carros. Entraram pra dentro do terreno e falaram que nós tínhamos que sair e que se nós não saíssemos iam nos queimar com as crianças”, disse um dos indígenas da ocupação, que pediu para não ser identificado por medo de represálias.

“Não tivemos o que fazer a não ser pegar nossas crianças e simplesmente ficar de canto, protegendo eles, enquanto eles derrubavam nossas barracas, queimando comida, roupas, lonas. Foi muito triste o que fizeram”.

A ação começou por volta das 20h20 da quinta-feira. Em um vídeo gravado durante a ação, e que os indígenas falam em português e na língua kaingang, eles questionam às pessoas se possuíam algum mandato para retirá-los do local e o porquê estavam realizando a ação à noite.

É possível também ouvir uma mulher, dizendo que a suposta dona do espaço os havia autorizado a permanecer em uma parte do local.

Às 2h da madrugada desta sexta-feira (16), o grupo de indígenas foi acolhido pela Assistência Social da prefeitura do município, que os alojou em um abrigo. Ainda nesta sexta, o grupo fez contato com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e aguarda realocação.

“Agora pretendemos ficar por aqui mesmo. Vamos reivindicar. Vamos entrar de novo no terreno. A Funai disse que irá falar com a prefeitura. Não vamos sair, não vamos embora. Se nós não lutar, não vamos conseguir”, frisou.

Ocupação

O grupo de indígenas veio do Rio Grande do Sul e ficou na região da Aldeia Condá, em Chapecó, Santa Catarina. Eles estavam em busca dos caminhos ancestrais e miravam o município de Rio Negro porque, segundo eles, o território pertencia aos seus antepassados.

Após um conflito em Chapecó, o grupo ocupou a área às margens da Rua Maxímiano Pfeffer, no município paranaense, onde esperavam outras quatro famílias. Os indígenas apontam que no local há vegetação nativa. Lá montaram suas barracas e começaram a vender artesanato.

Desde que ocuparam a área, alegam que foram ameaçados. O local seria de uma empresa de Curitiba, não identificada pelos indígenas. Com medo, eles buscaram apoio junto à prefeitura local, que não deu suporte no momento.

O indígena afirmou, ainda, que um segurança, supostamente mandado por esta empresa, é quem fazia a ponte entre os indígenas e os possíveis donos da área. “Segundo o relato da prefeitura, os donos pagam impostos, mas os donos não conseguem implantar nada porque a prefeitura não deixa, por ser floresta ambiental. O segurança disse também que iria acontecer alguma coisa se nós não saíssemos”, conta um dos ocupantes.

Na quarta-feira, um grupo de pessoas foi até o local e começou a construir uma cerca ao redor da área em que os indígenas estavam acampados.

A reportagem procurou a Prefeitura de Rio Negro e a Funai, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço continua aberto para posicionamento oficial. 

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