Os banqueiros imperialistas espanhóis do Santander, em solo brasileiro, logo no primeiro dia do ano de 2022, efetivou a sua política de maior exploração da classe trabalhadora, através das terceirizações, quando transferiu todos os bancários, da área de tecnologia, para uma empresa terceirizada, do mesmo conglomerado do banco, F1RST.
Conforme este Diário vem denunciando sobre as manobras dos banqueiros, em aumentar os seus lucros às custas da superexploração da categoria bancária, os banqueiros golpistas acabam de completar a jogada, na qual terceiriza setores inteiros do banco, como foi o caso da tecnologia.
Agora os trabalhadores bancários, que continuarão a exercer as mesmas funções, passam a pertencer a outro tipo de categoria, de terceirizados; em consequência terão alterados as suas representações sindicais, sendo excluídos da categoria bancária e da abrangência de sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), resultando na redução da remuneração total e corte de inúmeros direitos.
O golpe da terceirização, realizada pelo o Banco Santander, logo no primeiro dia do ano, não é a primeira e não será a última feita pelos banqueiros – não foi por um acaso que os banqueiros nacionais e internacionais foram um dos grandes financiadores do golpe do impeachment no reacionário Congresso Nacional em 2016 – se aproveitando da lei das terceirizações, aprovada no governo golpista de Michel Temer, onde estabelece as terceirizações nas empresas tanto nas áreas meios quanto nas áreas fins, os banqueiros partiram para uma nova ofensiva reacionária contra os trabalhadores.
Recentemente o Banco Carrefour, braço financeiro da rede Carrefour de supermercados, adotou a política de demissões dos seus funcionários efetivos e substituiu os mesmo por trabalhadores terceirizados. No Banco do Brasil, a sua direção firmou parceria com a iniciativa privada, em São Paulo, para abertura de agências com o quadro de funcionários totalmente terceirizados. O Banco Itaú/Unibanco, com a reestruturação pela qual passa a empresa, está jogando no olho da rua milhares de trabalhadores, principalmente nas áreas operacionais e substituindo por terceirizados. Esses são apenas alguns exemplos, já que na quase totalidade dos bancos o processo de terceirização é o mesmo.
Os trabalhadores e suas organizações não devem aceitar a política que aprofunda os ataques dos banqueiros e seus governos. Somente uma luta unitária dos trabalhadores bancários com demais trabalhadores pode barrar a ofensiva dos golpistas e o golpe. Os sindicatos de luta da categoria bancária devem organizar imediatamente uma campanha contra as demissões e a política de terceirização.