Ontem, no primeiro dia de 2022, militantes e simpatizantes do Partido Causa Operária puderam acompanhar a tradicional Análise Política da Semana em horário excepcional, às 17:00.
Apresentada pelo companheiro Rui Costa Pimenta, e transmitida ao vivo pela Causa Operária TV, no YouTube, a atividade discutiu os acontecimentos políticos das últimas semanas, além de previsões e alertas para 2022.
Rui iniciou a Análise falando sobre a política eleitoral do ex-presidente Lula, que leva o País a uma polarização política muito grande. De um lado a direita e de outro as massas populares. Trata-se não apenas da luta contra Bolsonaro, que a própria burguesia que o elegeu gostaria de se livrar, mas sim contra todo o golpe de 2016.
“A retirada de Bolsonaro não vai resolver os problemas brasileiros. Temos sim uma luta entre a classe trabalhadora e a burguesia. Vivemos uma etapa crucial na politica nacional, inclusive, diria num beco sem saída,” declarou.
Disse que a luta colocada é contra a submissão da política nacional, liquidação da economia brasileira contra o Imperialismo, contra a perda de todos os direitos conquistados pelos trabalhadores, “Vivemos uma etapa histórica em que a situação geral do movimento nacional brasileiro esta em questão”, concluiu.
“Somos o epicentro de uma Operação internacional, a de criar uma esquerda a favor do imperialismo, o caso Guilherme Boulos e IREE é isso! Substituir as reivindicações sociais e populares por políticas identitárias”, alertou o presidente do PCO.
Sobre a polêmica da última semana, envolvendo um dirigente do Partido dos trabalhadores, Washington Qua Qua, Rui declarou que ele fez uma colocação importante, que deveria ser criticada politicamente, mas que a esquerda rebateu apenas num patamr superficial, acusando de misoginia e machismo, ao invés de criticar a posição direitista dele. Desse modo, desviaram para o “machismo contra a Dilma” somente. Qua Qua disse que dentro do PT existe uma minoria que “não consegue esquecer o golpe”. Rui questiona: “Por que a gente deveria esquecer do golpe?” Além disso, não é uma minoria, como diz Qua-Qua, mas a maioria dos filiados do PT não esqueceram o golpe e querem lutar contra ele. A declaração do dirigente petista expressa, na verdade, a vontade de um setor da cúpula do PT.
Questionado por espectadores via chat sobre as urnas eletrônicas, como devemos agir se as urnas são fabricadas por um grupo que apoia um dos candidatos à presidência, Rui afirmou: “o que esperar de um Estado que não existe democracia real?”
Sobre o passaporte vacinal, Rui defendeu uma posição histórica do partido, do marxismo, da classe operária, da esquerda internacional, que é a da liberdade individual dos povos, das massas contra o Estado.
“Demitir trabalhadores pela ausência do passaporte vacinal é uma arma do patrão contra o trabalhador.” completa.
Ainda sobre os direitos individuais, enfatiza que temos uma politica de defesa contra a arbitrariedade dos poderosos, “se o pessoal acha que isso não é de esquerda, então estão muito fora da realidade”. E ainda sintetiza seu raciocínio de maneira limpa e clara:
“Quando a gente fala que a repressão dos direitos democráticos, das liberdades democráticas vai acabar numa maior opressão para a maioria da sociedade, a classe trabalhadora e tudo mais, não é um enunciado vago, é uma conclusão do funcionamento da sociedade de classes, agora se você para tirar uma vantagem eleitoral, fazer uma propagandinha para se promover, ou porque está com medo do Bolsonaro, você não é uma pessoa política, você é um pobre coitado”, termina.
A Análise com Rui Costa Pimenta retorna no próximo sábado, às 12h. Se ainda não viu a de ontem, assista agora!