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Henrique Simonard

Membro da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO) e da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Colunista do Brasil 247, do Diário Causa Operária e do Jornal Causa Operária.

Brigando com o povo

Resposta para as manifestações não deve ser a violência gratuita

Completamente equivocada, parte da esquerda comemora e aplaude os abusos autoritários do ministro Alexandre de Morais.


Bolsonaro perdeu a eleição, mas teve a segunda maior votação presidencial da história, naturalmente perdendo apenas para Lula. 58,206,354 de brasileiros votaram no atual presidente, e nem todos são bolsonaristas, raivosos e fascistas. Claro que Bolsonaro é inegavelmente um fascista parido pelo golpe de 2016, mas boa parte dos seus eleitores foram puxados para o polo direito da polarização, alguns podemos dizer até que foram empurrados pelo comportamento equivocado e sectário da esquerda.

A polarização é uma consequência inexorável da crise política e econômica mundial, tanto a extrema-direita como a extrema-esquerda crescem. Diante de um regime político em decomposição, somente que apresenta uma mudança, mesmo que seja apenas em aparência, pode crescer. Bolsonaro, por mais ligado que esteja com os golpistas que afundaram o Brasil, tem por estratégia ser um revoltado contra as instituições e regime político brasileiro e, por vezes, mundial, chegando a colocar-se contrário à política imperialistas em certas ocasiões. Por isso conseguiu agrupar tantos setores da população.

As concepções reacionárias da população foram estimuladas durante anos pela imprensa burguesa para atacar o PT. Os partidos da direita tradicional, embora tenham orquestrado todo o processo, pereceram no percurso, jogando uma parte da população, trabalhadores e pequeno-burgueses, no colo da extrema-direita, uma vez que o ataque ao PT foi muito duro.

Agora, com mais de 58 milhões de brasileiros derrotados em uma eleição não somente extremamente polarizada, mas também muito irregular, tendo o STF e o TSE cometido uma série de irregularidades o ano inteiro, era de se esperar que houvessem manifestações e contestações ao resultado. Vejam não é o topo do bolsonarismo que começou as paralisações, mas sim parte da população. Claro que hoje temos a participação de deputados bolsonaristas e de empresários, mas isso é uma consequência das manifestações mais do que a causa.

A política da esquerda não pode ser empurrar ainda mais essas pessoas para a extrema-direita. O fascismo deve se enfrentado nas ruas e com violência se necessário, mas não se trata aqui de nenhum movimento fascista, mas sim uma confusão de um setor das massas. Quando a esquerda aplaude o uso desnecessário da violência contra esses manifestantes, e pior comemora a truculência das instituições, que está perseguindo e censurando figuras do bolsonarismo de maneira completamente irregular, estamos mais uma vez estimulando os reflexos reacionários do povo, mas também dando um aval para as forças repressivas que já se voltaram e se voltarão contra a esquerda, assim como invertendo os papeis. Para o desavisado, do jeito que as coisas estão indo. A esquerda defende a censura e a ditadura, e a extrema-direita a liberdade e a democracia.

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