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Revolucionários de sofá

Primera Linea, os ‘críticos’ que estão abaixo da crítica

O grupo Primera Línea Revolucionária tenta criticar o PCO, mas não conseguem sequer entender o que está em jogo na política brasileira.

Primera Línea

‘Bolsonaro era o candidato principal do imperialismo em 2018, enquanto Alckmin não era o candidato do imperialismo quatro anos atrás. Porém, por algum motivo desconhecido pelo intelecto humano, Bolsonaro deixou de ser o candidato do imperialismo (assim como Simone Tebet) e Alckmin ressurgiu das cinzas para apoiar Lula, o que prova que Lula é quem era o candidato do imperialismo’.

Esse raciocínio aloprado apareceu em um blog chamado “Primera Línea Revolucionaria América Latina”, na tentativa de refutar a análise do PCO, bem como em um claro intento caluniador e mentiroso contra o partido.

E, sim, tentaram provar que Bolsonaro era de fato o preferido do imperialismo porque seria “o candidato preferencial do governo Trump (…) em 2018, [Bolsonaro] era o candidato natural da Operação Lava Jato, o principal instrumento do imperialismo norte-americano para avançar em brutais ataques contra o Brasil e a América Latina”. Apenas se esqueceram de mencionar que o próprio Trump não era o candidato preferencial do imperialismo, mas Joe Biden, vice de Obama (o governo que tramou o golpe contra Dilma Rousseff).

O pobre coitado que publicou a matéria não conseguiu entender o apoio do PCO à candidatura Lula. Para início de conversa, foi o PCO quem, em 2020, primeiro propôs o petista como o candidato para unificar a esquerda (assista a partir do minuto 53). Lula é o único nome que tem verdadeiro apelo popular que seria capaz de aglutinar a esquerda e fazer a balança da correlação de forças contra a direita pender para o lado dos trabalhadores. O resultado das eleições provou que a avaliação estava correta.

O apoio do PCO à candidatura Lula foi incondicional e o partido deixou claro, desde sempre, que não pleiteava e nem aceitaria quaisquer cargos em um eventual governo Lula. Portanto, dizer que essa política, de apoio, “somente pode estar turbinada a $$$”, é fruto de uma mente perturbada. Acusar, ainda mais sem provas, é patético, é coisa de gente irresponsável que fica fazendo política de cima do sofá. Ou será que estão recebendo dinheiro para caluniar o PCO? Se a imaginação é livre, podemos supor qualquer coisa sobre esse grupo, o problema é que a maioria seria impublicável; e não queremos entrar em polêmicas com os capacitistas.

A indigência intelectual

Passando pelo texto, onde comentam sobre a América Latina, os detratores do PCO concordam que “os Estados Unidos apearam os ‘governos semi nacionalistas’ da região e impuseram governos de direita”. Como se acham muito espertos, não citaram Dilma Rousseff, que sofreu um golpe e foi substituída por Temer. Por acaso, Dilma é do mesmo partido de Lula; estava em seu segundo mandato e, pelo andar da carruagem, o PT venceria novamente as presidenciais.

Em seguida, afirmaram que o governo Biden “começou a impor governos de ‘esquerda’ hiper direitizados” e citam Boric, do Chile. No entanto, esse governo não foi uma imposição, mas uma manobra para tentar frear a tendência revolucionária que estava levando o Chile a uma guerra civil. Antes de Boric, ainda no governo Piñera, já haviam feito uma primeira tentativa de apaziguamento no país chamando as constituintes.

Há no artigo contra o PCO uma parte simplesmente ininteligível intitulada “Nos Estados Unidos, o imperialismo atua, no Brasil não?”. Não sabemos se foi uma falha no Google Translator, ou o redator se distraiu assistindo mais uma série na Netflix ou lacrando nas redes sociais.

Quer dizer que o PCO acredita que imperialismo não atua no Brasil? É sério isso?

Quando o neurônio ‘A’ não sincroniza com o ‘B’

O grupo cita o PCO em sua caracterização da grande imprensa quando afirma que “O ex-presidente sofre, e sofreu, uma verdadeira perseguição por parte da imprensa burguesa”. E fica perplexo porque a Globo bateu em Bolsonaro e ‘apoiou’ Lula. Se algum integrante desse grupo vivesse no mundo real, saberia que a burguesia é pragmática, não dogmática, e muda seus posicionamentos de acordo com seus interesses.

Vejamos: o bispo Edir Macedo, dono da TV Record e da Igreja Universal do Reino de Deus, que fez abertamente campanha por Bolsonaro e atacou Lula até o último minuto, acaba de falar em perdão a Lula e que se ele foi eleito foi por vontade de Deus. Qual é a surpresa? Macedo está agindo como todo e qualquer burguês, com medo do dinheiro que pode perder, resolveu propor uma espécie de acordo. Com a Globo não foi diferente, atacada por Bolsonaro, tratou buscar uma alternativa e nada a impede, passado o perigo, de voltar a combater o PT, como sempre fez.

Seguindo com seus malabarismos retóricos, o grupo cita novamente o PCO: “A prova de que Lula não é o candidato do imperialismo, foi a grande fraude processual da qual foi vítima” nas eleições de 2018”. Então, para surpresa de ninguém, eis que argumentam: “Se bem essa perseguição existiu e foi parte da maior fraude eleitoral em 100 anos, hoje mais parece que se tratou de um “acordo” do qual participou a cúpula do PT”. Que espécie de ‘acordo’ foi esse que deixou Lula quase dois anos encarcerado?

Lula foi impedido de ir ao velório do irmão, criaram caso no velório do neto e de Marisa Letícia. Que tipo de ‘acordo’ foi esse? Só na cabeça de uns aloprados podem aparecer tais ideias. Parecem aqueles sujeitos que vivem dizendo que nunca houve missão à Lua.

Um partido verdadeiramente operário

Não nos espanta que esse tipo de gente não consiga entender que Alckmin era o candidato do imperialismo em 2018 e que Bolsonaro foi um plano B que, apesar de problemático, ainda assim era preferível a Lula.

O mesmo aconteceu com Simone Tebet nas atuais eleições. A burguesia investiu na terceira via, mas avaliou seu desempenho, concluiu que sua manutenção apenas pulverizaria os votos da oposição e daria uma margem muito ampla para Bolsonaro, o que poderia se tornar um problema para controlá-lo. Em vez disso, uma vitória apertada colocaria qualquer um dos vencedores dentro de uma margem de manobra política mais estreita e numa posição mais frágil.

Por fim, os críticos do PCO dizem que “o abandono de qualquer coisa parecida com luta é total”. Devem estar falando de si próprios, pois o PCO não saiu das ruas desde o início da pandemia; fez praticamente sozinho as comemorações do 1º de Maio; lutou corpo a corpo contra fascistas e os expulsou das manifestações; produziu e distribui milhões de panfletos com o suor de seus militantes. O resto é conversa.

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