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Direitismo

PCdoB quer aprofundar a frente com a direita

PCdoB, seguindo sua tradiçõa, tenta compor com a direita em vez de mobilizar a classe trabalhadora para apoiar o futuro governo de Lula.

Lula em comício

Matéria publicada não Portal Vermelho, neste mês de novembro, traz um artigo assinado por Nivaldo Santana, sob o título “O governo Lula e a pauta dos trabalhadores”. Nele, há diversas considerações sobre o que deverá fazer o presidente eleito.

Citando um tuíte de Lula onde se lê “Vamos precisar de todos para governar o Brasil, não apenas para recuperar a nossa democracia, mas também para trazer de volta uma vida digna para o povo”. O autor conclui que “primeiro, a frente ampla foi essencial para vencer as eleições e reconquistar a democracia; segundo, a necessidade de ampliar ainda mais a frente para governar e dar vida digna ao povo”.

Não poderá estranhar essa conclusão quem acompanhou todo o processo que culminou na chapa de Lula para a presidência. O Psol e o PCdoB eram grandes entusiastas para a formação de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro. Figuras como Flavio Dino, à época no PCdoB, defendiam uma “frente amplíssima”.

A frente ampla nada mais foi que uma tentativa de ‘sabotar a candidatura Lula’ e viabilizar a terceira via, composta por toda sorte de golpistas e mesmo bolsonaristas “arrependidos”. Essa movimentação foi amplamente repudiada e rechaçada pela base.

No final das contas a frente ampla se concretizou, mas foi feita de cima para baixo e contra a vontade da militância que até hoje não digeriu Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa de Lula.

Ao contrário do que diz o texto, a frente ampla não foi essencial para vencer as eleições, antes o contrário, quase pôs tudo por água abaixo. A candidatura de Lula não decolava, não empolgava. A tal da frente pressionou para que não houvesse atos de rua e, quando aconteceram, tratou de colocar empecilhos para evitar a participação popular, como a adoção de revista ou de cercadinhos próximos ao palanque.

Nos debates, por ter se juntado a golpistas, Lula pouco denunciou o golpe e suas consequências nefastas para a nossa economia. Isso diminui seu desempenho nos debates que poderia ter vencido facilmente.

No segundo turno, diante do fracasso da frente, e do avanço de Bolsonaro, Lula tomou as rédeas da campanha, foi para o meio do povo e radicalizou o discurso. Foi isso que garantiu sua vitória. Precisou que o petista se desvencilhasse dessa infiltração direitista na chapa que apenas serviu de estorvo para a coisa avançar.

Nivaldo Santana, apesar disso, vê “a necessidade de ampliar ainda mais a frente para governar e dar vida digna ao povo”. Se juntar a mais representantes da burguesia não ajudará a dar vida digna ao povo, vai atrapalhar. Já estamos vendo a resistência à previsão orçamentária para o auxílio às famílias carentes.

O artigo diz que a frente ampla “abriga interesses contraditórios”. Um tema que tem provocado debates acalorados é sobre um dos compromissos da chapa presidencial de ‘rever os marcos regressivos da reforma trabalhista’”.

Mais do que interesses antagônicos, a classe trabalhadora está em antagonismo com a frente ampla. A direita está empenhada em barrar tudo o que puder em termos de gastos sociais. Mas o Brasil precisa de mudanças profundas o que provocará choques entre as classes. A polarização está muito elevada e existe muita expectativa com o governo de Lula.

Apenas o acirramento político poderá garantir mudanças, os políticos da direita, representantes da burguesia, vão servir de barreira, e não garantir a governabilidade, conforme o texto sugere.

É muito tímida a proposta de se criar um “grupo tripartite para propor mudança nas relações do trabalho e no sistema sindical”, não devemos criar artificialmente um contenção entre o governo e a classe trabalhadora. É preciso fortalecer os comitês de luta que foram criados para apoiar a eleição de Lula. Os comitês precisam se reunir e propor mudanças, mostrar força para que a burguesia entenda o recado. Uma pequena burocracia não garante força nas negociações que, sabemos, serão muito duras. A burguesia já demonstrou que não quer ceder um milímetro.

Lula já disse que os Correios não serão privatizados, mas revogar todo o roubo de direitos trabalhistas e previdenciários que os golpistas infligiram à classe trabalhadora, com esses que agora estão na frente ampla, vai ser um tarefa muito difícil e dependerá da ampla mobilização da esquerda.

Chamar uma ampliação da frente é jogar contra os trabalhadores, não podemos aceitar esse tipo de política conciliadora e reacionária.

É preciso garantir que na posse do novo governo uma ampla massa de trabalhadores da cidade e do campo, desempregados, estudantes, compareçam para dar uma grande demonstração de força. E marcar um período de ascenso e luta contra a direita, mesmo a que está infiltrada em nossas fileiras.

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