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COP 27

Para entregar a Amazônia, “bancada do cocar” se reúne com Kerry

Índias do imperialismo aproveitam ocasião para correr atrás de figuras imperialistas relacionadas ao clima

A COP27 é uma ótima oportunidade para países em desenvolvimento, como o Brasil e demais países amazônicos, para colocar questões cruciais para a sobrevivência do ecossistema regional mas também para uma afirmação de soberania desses países sobre seus recursos e territórios. Lula fez isso, e seu exemplo pode abrir caminho para nossos vizinhos nesse sentido.

O discurso, as posições assumidas por Lula, refletiram uma posição de defesa do Brasil e seus interesses perante os abutres do imperialismo, que sobrevoam nossas florestas como águias carecas famintas. Não apenas, mas representaram a pressão dos países atrasados por uma participação mais efetiva na governança mundial.

Além do discurso, Lula também participou de encontros e negociações com os enviados à COP. Em sua delegação, uma equipe envolvida com o meio ambiente, como Marina Silva (Rede) e seus assessores, também realizou reuniões e procurou reestabelecer acordos, como o Fundo Amazônia. Entre as figuras, uma grande proximidade com os EUA caracterizou algumas delas. Marina, subordinada de George Soros, pediu a John Kerry, enviado especial da presidência dos Estados Unidos para o Clima, que coloque os EUA como mais um financiador do Fundo.

Outras representantes brasileiras na COP27 foram algumas mulheres indígenas eleitas como representantes legislativas. Entre elas destacam-se três, que farão parte da Equipe de Transição e da formulação do Ministério dos Povos Originários, como publicou Sonia Guajajara (PSOL) em seu Twitter em 16 de novembro: “Foi anunciada hoje parte da equipe de transição que vai compor a criação do Ministério dos Povos Originários. Eu, Célia Xakriaba e Joênia Wapichana vamos participar como Parlamentares. É fundamental também a participação de representações indígenas de todas as regiões do Brasil.”

Sônia, Célia (PSOL) e Joênia (Rede) , a “bancada do cocar”, também se reuniram com Kerry e outros líderes para supostamente discutir a preservação da floresta. Segundo publicações nas redes, as legisladoras afirmam estar “mulherizando” a discussão, trazendo as mulheres indígenas para o palco global das discussões climáticas. Essa não foi a primeira reunião. Sonia Guajajara já requisitou de Kerry a intervenção dos EUA na política nacional, quando do caso do jornalista Dom Phillips, desaparecido na Amazônia brasileira, ainda este ano. Qual seria, de fato, o interesse central das agendas de nossas deputadas na COP? Certamente não é “mulherizar” e trazer cores tropicais para as fotos do evento. Os partidos destas figuras, PSOL e Rede, são notáveis por sua colaboração e alinhamento com o imperialismo, mantendo inclusive relações econômicas, recebendo fundos de organizações imperialistas, seja partidariamente ou na figura de parlamentares.

Já faz algum tempo, Guajajara se colocou contra hidrelétricas na campanha contra Belo Monte, parte da campanha golpista contra a presidenta Dilma Rousseff. Não se sabe, exatamente, o que ela pensa sobre os demais recursos que o Brasil possui sob as terras indígenas e ao seu redor. Teria legitimidade sua preocupação com o lugar onde povos vivem faz séculos ser devorado por águas, fogo, tratores, no entanto, sua proximidade aos EUA e pedidos de intervenção demonstram ser outro o interesse, e as justificativas mera demagogia. Causa dúvida o que podem estar negociando com Kerry e Cia., pois provavelmente estão escondidos, sob a boa vontade e a beleza dos cocares, intenções entreguistas, desenhadas e incentivadas pelos próprios abutres imperialistas e identitários, os criadores do “empoderamento” feminino e indígena. Se o identitarismo valoriza as mulheres, negros e indígenas como temas, não é para defender concretamente nenhuma dessas populações. É um uso oportunista, e que se prepara para atacar o povo brasileiro de conjunto, com campanha pelo domínio imperialista sobre a Amazônia, disfarçado com penas e tinta.

A proximidade desse grupo com autoridades e financiamentos de instituições estadunidenses é preocupante, embora estejam trabalhando discursiva e propagandisticamente pela suposta conservação das florestas, na prática defendem a ingerência imperialista sobre os povos indígenas e todos os brasileiros.

É importante que estejamos organizados para garantir um governo dos trabalhadores e no sentido de defendermos nossa soberania. Eventualmente pode ser que a agenda proposta por Lula para a Amazônia sofra oposição aberta das entidades que Kerry representa, o governo norte-americano. E então, como se posicionará a bancada do cocar?

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