Os países que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) concordaram, nessa quarta-feira (14), em aumentar os orçamentos militares e civis do bloco em quase 30% anualmente.
A decisão foi tomada após reunião do conselho da OTAN em Bruxelas. O orçamento civil saltou para 370,8 milhões de euros, enquanto que o militar, para 1,96 bilhão de euros. Respectivamente, os valores representam um aumento de 27,8% e de 25,8% em relação ao que foi fixado em 2022.
Ainda de acordo com o comunicado que anunciou a decisão, os países que pertencem à OTAN estão comprometidos a investir mais no bloco frente ao cenário de guerra no continente.
Segundo a organização, o financiamento comum mostra a solidariedade entre os países da aliança. No entanto, apesar de afirmar que está se esforçando para oferecer segurança de maneira transparente e financeiramente responsável, o bloco é dependente de ferramentas de controle junto aos Estados Unidos para rastrear as armas destinadas à Ucrânia.
Cabe ressaltar que a ideia de aumentar o orçamento da aliança foi dada pela Polônia, país membro da OTAN mais próximo do conflito na Ucrânia. Ou seja, trata-se de um indicativo de que, em 2023, os países imperialistas europeus se tornarão mais agressivos frente à operação especial russa.
Além disso, mostra que o imperialismo prevê que, no ano que vem, a crise europeia se intensifique ainda mais, algo que geraria uma revolta ainda maior por parte dos trabalhadores. Nesse sentido, precisa fortalecer o seu aparato militar para controlar melhor a situação e impedir que sofra perdas ainda maiores.
Por fim, o anúncio da OTAN deixa claro que o imperialismo não se preocupa com o povo. Finalmente, a classe operária europeia passa por uma das maiores crises de toda a sua história. Com isso, ao invés de amparar os trabalhadores, os países imperialistas preferem armar-se ainda mais.