Na última terça-feira, dia 13, o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hussein al-Sheikh, denunciou os crimes israelenses nos territórios ocupados em Ramallah e pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) proteção para o povo palestino. Contudo, o imperialismo finge se importar com os direitos humanos fazendo demagogia com a Copa do Catar.
Durante encontro com o representante especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, o secretário da OLP criticou a violência dos colonos e do Exército israelense contra o povo palestino, que é massacrado diariamente sem qualquer maior comoção por parte dos países imperialistas.
Foi denunciado à ONU ataques a cidades, vilas e comunidades palestinas. Nos últimos dias, um jovem palestino de 15 anos foi assassinado a sangue frio por um atirador israelense durante um massacre à cidade de Jenin. Episódios como esse ocorrem frequentemente enquanto os órgãos internacionais fingem não ver a questão.
O secretário-geral da OPL pediu à ONU o cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança e dos acordos internacionais, bem como a justiça para o povo palestiniano de acordo com o direito internacional. Esses acordo, contudo, são apenas formalidades que servem para empurrar com a barriga a questão. Quando for do interesse do imperialismo, esses acordos são tratados como mero papel e rasgados como tal. Vê-se, por exemplo, o caso da Rússia e o acordo de Minsk.
Tor Wennesland, via twitter, manifestou que “A ONU continuará a se envolver ativamente com as partes para combater as tendências negativas e devolvê-las ao caminho político”, mais uma declaração protocolar de quem acoberta o massacre do povo palestino.
O imperialismo, enquanto isso, faz demagogia com a copa do Catar. Ali, eles fingem se importar com os povos oprimidos, usando pautas identitárias demagógicas para desviar os conflitos e as relações opressoras que verdadeiramente ocorrem mundo afora.
Na Copa, contudo, o que mais se vê são povos do mundo inteiro levantando a bandeira da Palestina, do início ao fim do evento esportivo, diferente das pautas identitárias, que contaram com muita histeria no início do torneio, mas perderam força com o andamento da competição.
A imprensa burguesa do mundo todo finge não ver essas manifestações e abafa a situação, assim como faz com o massacre promovido pelo Estado de Israel contra os palestinos.
Boa parcela da esquerda, por sua vez, guiada pela política imperialista, não consegue enxergar a questão palestina com a importância que tem. Ela cai no discurso demagógico do identitarismo, fazendo coro com a burguesia acreditando lutar contra opressores de países pequenos do mundo árabe.