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Bancos preferem Bolsonaro

Os economistas “amigos da onça” que “apoiam” Lula

Persio Arida, ex-presidente do Banco Central no governo FHC, e Henrique Meirelles expressaram grande preocupação a política de gastos de um possível governo Lula

Há setores da esquerda assim como setores da extrema-direita que buscam apresentar o ex-presidente Lula como um candidato apoiado pelos banqueiros, pelo grande capital e até mesmo o imperialismo por uma incompreensão sobre o que aconteceu e o significado do resultado das eleições para a situação política nacional. Acabam defendendo teses como a de que até mesmo setores golpistas como a rede Globo teriam apoiado a candidatura do presidente Lula, tomam como verdade um aparente apoio de setores representados por Simone Tebet e Geraldo Alckmin ao ex-presidente Lula. Por outro lado, há também os incautos que acreditam que estes setores inimigos dos trabalhadores vão defender os interesses do povo. Mas o que dizem os setores que representam o capital financeiro? É possível que Lula seja o candidato da terceira via sem apoio desse setor? 

Antes mesmo de começar o período das eleições, em áudio vazado de uma palestra apresentada pelo banqueiro André Esteves, estava muito clara qual era a posição desse setor ao declarar que somente poderiam apoiar uma candidatura de Lula garantindo um vice e um ministro da economia que representasse os seus interesses, que o Lula teria que se afastar dos movimentos populares como o MST. E que o candidato ideal para ser apoiado por eles seria um político como a Tabata Amaral, por aí já se vê a quem servem os setores apoiados por ONGs que recebem dinheiro do imperialismo. Sobre Bolsonaro, o banqueiro deixou claro que não nenhuma divergência do ponto de vista econômico, até porque Paulo Guedes é o ministro da destruição econômica do seu governo. 

Esse setor ganhou 700 bilhões de reais represando crédito liberado pelo governo durante a pandemia, dinheiro que faltou para adequar o sistema de saúde no sentido de enfrentar a COVIS-19. Foi o governo Bolsonaro que sancionou a lei de independência do Banco Central cujo comitê político monetário aumentou a taxa de juros do país, em mais de 12 vezes consecutivas, até o patamar atual de 13,75%, os banqueiros e especuladores financeiros ganham muito dinheiro principalmente com títulos públicos com essa alta da Selic. O presidente do BC, Campos Neto, declarou que, em caso de Lula ser eleito, ainda teria um tempo para aplicar a política econômica já que seu mandato termina em 2024, o mesmo tem alinhamento total a política de Paulo Guedes de liquidar de todo patrimônio nacional. 

Evidentemente que a escolha do tucano Geraldo Alckmin representa uma sombra da burguesia na chapa do Lula, isso significa que há um esforço em controlar um governo Lula caso seja inevitável sua vitória e não que sua política esteja alinhada à dos capitalistas. O apoio de Tebet ao ex-presidente Lula não passa de uma tentativa de manter uma aparência democrática, não apoiar Lula contra Bolsonaro tem um preço político alto a se pagar. Não se trata de um apoio verdadeiro, a presença da candidata dos banqueiros é uma sabotagem à campanha de Lula, a latifundiária inimiga dos índios declarou que é preciso colocar “juízo” na campanha do ex-presidente, propõe descaracterização das cores dos atos da esquerda com o uso da cor branca e mudar para a linha política para uma demagogia com as mulheres (identitarismo). 

Diante do mistério e do receio que existe em torno da política econômica de um possível governo Lula, não somente Simone Tebet que quer colocar “juízo” na campanha de Lula se colocando contra a autossuficiência em refino de petróleo no Brasil, o presidente do Banco Central no governo criminoso de Fernando Henrique Cardoso, Persio Arida, que supostamente apoia o ex-presidente Lula e que foi apresentado como possível integrante do seu governo, declarou que espera um Lula responsável com as contas públicas. Outro representante dos banqueiros e suposto apoiador da candidatura do presidente Lula, Henrique Meirelles, também expressou a mesma preocupação e declarou que vê um cenário nebuloso em relação aos gastos públicos devido as promessas de campanha. Evidentemente, se trata de uma preocupação com o teto de gastos que impossibilita qualquer investimento em infraestrutura básica, nos serviços públicos, na educação e que garante expressiva parte da arrecadação do país para os bancos. 

A falta uma análise detida das eleições cujas pesquisas foram totalmente fraudadas com objetivo claro de confundir, levaram a formulações muito equivocadas sobre o problema que se apresentava. O encolhimento do centro político resultou numa política de controle sobre a dominação bolsonarista do parlamento e dos governos dos principais estados do ponto de vista econômico do país. Nunca se tratou de um apoio ao ex-presidente Lula como se vê nas declarações dos representantes dos bancos, há uma desconfiança enorme sobre a manutenção por um governo Lula dessa política criminosa imposta depois do golpe de estado contra a presidenta Dilma Roussef. Após a definição do primeiro turno das eleições, o setor mais alto da pirâmide social deve colocar todos seus esforços na campanha de Bolsonaro, que é o candidato que reune as condições de dar continuidade essa política econômica. Por isso, será preciso enfrentar as chantagens dos banqueiros com uma política concreta, que seja de interesse e que mobilize as amplas massas populares nas ruas de todos país. 

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