O ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan e outros quatro ficaram feridos na quinta-feira (3), em um tiroteio durante uma marcha contra o golpe de Estado de abril de 2022. Em um tiroteio aberta contra a caravana à Wazirabad (leste do Paquistão), durante uma manifestação anti-governo convocada por seu partido, o Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI). Por sorte, Imran Khan foi ferido no pé. “Graças a Deus, Imran Khan está seguro”, disse Azhar Mashwani, um membro de seu partido, via Twitter.
O ex-primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, é um dos políticos mais comentados do mundo. Ele descreveu o golpe como sendo “uma bem-sucedida moção de desconfiança da oposição orquestrada pelos EUA”. Isso se deveu à proximidade de Khan com a Rússia e com a China, em virtude de relativo sucesso na questão da autodeterminação da Caxemira, e por ser o país com maior avanço na construção das rotas da seda, infraestruturas de energia e rodovias ligando o país com a China, além de relações militares com a Rússia, mas, principalmente na questão energética, já que o país eurasiático exportava petróleo do Ural refinado com desconto. Com o desenvolvimento da operação especial da Rússia, o Paquistão entrou na mira dos inimigos de Washington, em definitivo, já que àquela altura, a crise dos combustíveis se abatia sobre Ismabad.
O Paquistão teria o direito soberano de formular sua política externa, no entanto, os Estados Unidos decidiram, utilizando-se de parlamentares vendidos, para impor um golpe de Estado. Khan caiu por conseguir um acordo com a Rússia para garantir um desconto de 30% sobre petróleo, e, como em quase todos os países atrasados, a burguesia dispõe de seus parlamentares de bolso e de garantia de alinhamento ao imperialismo.
Iran Khan está fazendo história como mobilizador das maiores manifestações do mundo em 2022, com comícios lotados em praticamente todas as aparições do ex-primeiro-ministro. A popularidade conquistada com a melhoria das condições de vida no Paquistão veio com acordos por fora do circuito imposto pelo imperialismo, com grandes obras públicas no acordo do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC).
Pela determinação de fazer um governo nacionalista, seus críticos começaram a chamá-lo de “ditador” que aspira a ser como Putin e Xi Jinping. Levantam a lebre de que Iram Khan vai levar a economia do país ao chão. Tentam a todo custo brecar o retorno mais rápido de Khan ao poder através das eleições imediatas, livres e justas. Nos comícios, Khan exige a resolução para a crise política em curso no Paquistão, que se abate na questão da Caxemira e aprofundamento da crise com a Índia.
Os discursos de Khan e sua popularidade só aumentam, agora com a sobrevivência de Kham é possível que as eleições gerais e reforma constitucional sejam exigidas com mais força, aumentando o alerta de Washington na região. O governo atual não consegue mobilizar energia junto ao CPEC, tampouco tem determinação para retomar negociações com Moscou. Enquanto Khan avança em caravanas contra o governo e contra o golpe, radicalizando a população do Paquistão contra os Estados Unidos.
O suspeito de tentativa de matar Khan, já foi identificado, porém, provavelmente é jagunço remunerado pelo imperialismo ou mesmo simpatizante, já que Khan tem popularidade gigantesca entre a população.
O imperialismo é um regime de opressão, visa impedir o desenvolvimento dos países atrasados, utiliza seus jagunços para atacar personalidades nacionalistas e o povo.