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Eleições nos EUA

O alerta que vem do norte

Domínio trumpista nas eleições de meio de mandato nos Estados Unidos mostra que, apesar de derrotado eleitoralmente, bolsonarismo pode se recompor

No final de outubro, Lula, recém-eleito para seu terceiro mandato, venceu Bolsonaro nas urnas com a votação mais acirrada de toda a história da República brasileira. Em seguida, descontentes com o resultado, setores bolsonaristas começaram a bloquear as estradas do País, reivindicando a anulação das eleições contra o presidente eleito. Ao mesmo tempo, ocuparam a frente de quartéis e demais instituições militares exigindo que as forças armadas tomassem o poder por meio de um golpe.

Frente a isso, a esquerda pequeno-burguesa adotou, basicamente, duas posições: defender a repressão, inclusive fascista, contra os bolsonaristas, seja por meio das polícias militares, seja por meio do judiciário; e afirmar que, com o resultado eleitoral, o bolsonarismo estaria em vias de desaparecer.

Decerto que a eleição de Lula representou a vitória de todos os trabalhadores brasileiros. Afinal, o golpe de Estado no País, iniciado há quase uma década, teve como principal diretriz acabar com o PT e, acima de tudo, com Lula. Sua volta ao poder, por esse ângulo, significa a derrota do golpe, mesmo que parcialmente.

O problema é que a base de Bolsonaro cresceu muito nos últimos quatro anos, tornou-se uma força política popular importante que, por isso, não será derrotada simplesmente pelas urnas. As manifestações bolsonaristas são sinal disso, mostram que existe uma disposição desse setor em se opor na prática ao governo Lula.

Os setores que afirmam o contrário estão, portanto, equivocados, e a situação política nos Estados Unidos mostra exatamente isso. Lá, estão ocorrendo as eleições de meio de mandato (midterm elections), que elegem os representantes de cada estado para o Congresso e o Senado, e seu grande vencedor não foi simplesmente a direita, mas a extrema-direita trumpista do Partido Republicano.

Aqui, é preciso considerar que, de alguns anos para cá, o Partido Republicano foi completamente dominado por Donald Trump, eleito em 2016 com apoio esmagador de setores da classe média e da classe operária. Desde então, sua influência vem aumentando cada vez mais, mesmo após a sua derrota eleitoral em 2020 para Joe Biden, do Partido Democrata ─ uma derrota na base do “tapetão”. E o mesmo pode ser dito acerca de sua base social e eleitoral: cresceu mais e mais ao ponto de que, agora, é o favorito para as eleições presidenciais de 2024. Em outras palavras, uma vitória dos republicanos é, neste caso, necessariamente, uma vitória do trumpismo contra o principal representante do imperialismo norte-americano, o presidente Biden.

Ou seja, apesar de sua derrota eleitoral há dois anos, a extrema-direita americana não só conseguiu permanecer influente, como também aumentou seu poder e sua base, ocupando lugar central na situação política nos Estados Unidos. A situação pode ser exatamente a mesma no Brasil com Bolsonaro e, portanto, o bolsonarismo não deve ser, de forma alguma, subestimado.

A diferença crucial é que, nos Estados Unidos, o presidente é Biden, um imperialista puro-sangue que defende firmemente os interesses do grande capital. Enquanto que, no Brasil, é Lula, um representante da classe operária brasileira que tende levar adiante um governo de esquerda. Nesse sentido, a mobilização popular será fundamental para garantir um governo Lula que atenda aos interesses dos trabalhadores e, consequentemente, derrotar o bolsonarismo nas ruas ─ o que só pode ocorrer combatendo também a direita dita “civilizada” e “democrática” seguidora de Joe Biden, que está infiltrada também no governo Lula.

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