Desculpem-me o lugar-comum, mas é assim. Não tem nada o que se compare à Copa do Mundo em termos de comoção mundial. As seleções favoritas sonham com o título, as medianas, sonham em chegar mais longe, as mais fracas, em passar para a segunda fase ou simplesmente ganhar ou jogo, fazer um gol sequer. Os países que nunca foram sonham em participar e os que não têm chaces de participar escolhem uma seleção para torcer; como mostrou a reportagem de dias atrás dos indianos que trocem para o Brasil.
O futebol é o esporte mais popular do mundo. É o esporte que, transformado em arte, principalmente pela intervenção dos brasileiros, tornou-se uma paixão mundial.
As Olimpíadas também são um grande evento. Embora muito interessante e empolgante, não têm o mesmo apelo. As Olimpíadas são uma grande confraternização esportiva dos povos. A Copa também é tudo isso, mas é muito mais do que isso. É competição de verdade, é sangue, é raça. Quem perde vai lamentar eternamente, quem ganha entra para a glória eterna do futebol. Copa é guerra!
O futebol um espetáculo artístico e a Copa é um grande festival. Os espectadores param tanto para assistir Catar e Equador, aliás o jogo de abertura nesse domingo (20), às 13h, quanto para assistir a um eventual Brasil e Argentina, maior clássico do futebol mundial.
A Copa do Mundo começa e o caminho para o hexa está aberto. Esperamos que essa data de início, que os deuses do futebol fizeram com que caísse no dia 20 de novembro, em que se comemora o dia de Zumbi, seja um sinal de sorte para os 26 guerreiros negros brasileiros que estão no Catar para provar, mais uma vez, a superioridade de nosso futebol.
Com o hexa virá nossa libertação, ao menos a nossa libertação espiritual, no sentido da melhora de nossa autoestima como brasileiros, como povo de luta e trabalhador.