A direção da Agência Nacional de Petróleo (ANP) determinou, no dia 12 passado, que a Petrobrás paralisasse todas as suas atividades em seus campos de petróleo e gás na Bahia, por problemas e irregularidades nas áreas de produção de petróleo e gás.
Diretores do Sindicato dos Petroleiros/BA e da FUP mobilizam contra a medida, contestada por técnicos da empresa.
O Brasil é um país gigantesco, que tem uma importância econômica e política muito grande, mas a situação do país, neste momento, muito mais que em períodos anteriores, chegou a um ponto tal que tudo que é feito é para que os capitalistas estrangeiros, associados a uma minoria de capitalistas brasileiros, se aproveitem dessa imensa riqueza enquanto o povo sofre desesperadamente.
As privatizações também têm o mesmo significado. A Eletrobrás, que acabou de ser privatizada, encerra neste ano o pagamento da dívida contraída para a construção da Usina de Itaipu. Ou seja, o que o povo brasileiro levou cerca de 50 anos para pagar, agora vai de graça para os novos donos da Eletrobrás. É uma farra!
O caso da Petrobrás é tão ou mais gritante ainda. O Brasil, segundo estimativa razoável e até mesmo subestimada, teria reservas de petróleo superiores às da Venezuela, que são as maiores do mundo.
O que acontece? Primeiro, a empresa foi quase totalmente privatizada na época dos governos FHC e mais recentemente nos governos de Temer e Bolsonaro. Os acionistas sugam todo o lucro. A gasolina é comprada de fora, sendo que o Brasil tem toda a tecnologia e já tem unidades para o seu refino, portanto o País não dependeria do preço do mercado internacional, o que poderia garantir gasolina a “preço de banana” no mercado interno.
Caso o Brasil tivesse um governo minimamente defensor dos interesses nacionais, que assumisse o controle do petróleo, teria capacidade de produzir lucros maiores do que todos os países produtores de petróleo do mundo.
A Arábia Saudita tem um lucro de cerca de R$1 trilhão por ano. A diferença que isso faria no Brasil em um momento em que os políticos estão discutindo se podem ser usados pouco mais de R$100 bilhões, por ano, para minimizar a fome do povo, seria gigantesca. O Brasil poderia ter um lucro superior a esse só com uma única empresa, que é a Petrobrás.
Contra esta politica de rapina, é preciso se mobilizar contra a operação de desmonte da produção da Petrobrás e a entrega do petróleo nacional.
A imensa riqueza do petróleo tem que ser do povo brasileiro. Para tanto, é preciso nacionalizar as reservas nacionais e reestatizar a Petrobrás.
Mobilizar por uma Petrobrás 100% nacional e sob o controle dos trabalhadores.