Na última segunda-feira (12), mais de 2 mil ativistas do movimento sindical e popular e dos partidos de esquerda estiveram presentes na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Algumas centenas deles, principalmente dirigentes, estavam entre os quase mil credenciados entre os convidados que tiveram acesso ao auditório onde se realizou a solenidade oficial. A maioria permaneceu nas imediações entoando cânticos e palavras-de-ordem e expondo suas reivindicações diante do novo governo, eleito com o apoio das organizações de luta dos trabalhadores.
Tendência de luta
Uma das mais expressivas e organizadas delegações foi a dos companheiros eletricitários que, acertadamente, além de saudar o presidente eleito pelos trabalhadores, procurou destacar a importante luta pela reestatização da Eletrobras.

A Eletrobrás foi privatizada no governo Bolsonaro com graves consequências não apenas para os trabalhadores do setor, como para todo o povo brasileiro. Com a entrega da empresa, Bolsonaro e toda a direita golpista que apoiou a medida, agiu para colocar nas mãos dos tubarões capitalistas todo um setor estratégico, aprofundando a política de lesa pátria da privatização do setor elétrico iniciada no famigerado governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Como destacam os companheiros da Federação Nacional dos Urbanitários e dos sindicatos da categoria (em sua maioria filiados à CUT), “a luta em defesa da reestatização da Eletrobrás é fundamental também para a retomada do desenvolvimento econômico e social, com acesso universal à energia elétrica“.
A importante manifestação dos eletricitários deve ser ampliada no dia 1 de janeiro, no ato da posse de Lula.
Ampliar a mobilização no ato da posse
Da mesma forma que eles fizeram no dia 12 de dezembro, é preciso fazer da posse de Lula um grande ato de luta pelas reivindicações dos trabalhadores.
Pintar a Esplanada dos Ministérios de vermelho, com milhares de camisetas, faixas e bandeiras que expressem as lutas, as reivindicações e a organização da classe trabalhadora.
Se os banqueiros e outros tubarões capitalistas, os donos do “mercado”, que não têm voto e nem apoio popular, querem pressionar o governo Lula na defesa de seus mesquinhos interesses, os trabalhadores precisam se organizar para defender o governo Lula, como um governo dos trabalhadores, sem patrões e sem golpistas, e para defender o atendimento de suas reivindicações fundamentais e de todo o povo brasileiro, como é a reestatização da Eletrobrás e o seu controle pelos trabalhadores.