Em 8 anos

Mais de 11 mil crianças são vítimas do imperialismo no Iêmen

Documento revela que 2.200.000 crianças iemenitas estão desnutridas, sendo um quarto dessas menores de cinco anos de idade

A diretora-executiva da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Catherine Russel, denunciou nesta última segunda-feira (12) que cerca de 11 mil crianças morreram no conflito que se passa desde 2014 no Iêmen. Através de um relatório, o governante afirma ser uma das piores crises humanitárias do mundo. O documento revela que 2.200.000 crianças iemenitas estão desnutridas, sendo um quarto dessas menores de cinco anos de idade, além da crise sanitária, com risco extremo de cólera, sarampo entre outras doenças evitáveis por vacinação. Cerca de 3900 meninos foram recrutados para participar da guerra, e 90 meninas para complementar funções, por exemplo, a vigilância em postos de controle. À situação é miserável, mais de 17,8 milhões de pessoas não tem acesso à água potável, aumentando o risco de contrair doenças. A crise educacional também é absurda, são 2 milhões de crianças que já saíram da escola, e, segundo consta a ONU, este número tende a aumentar.

Este conflito alimentado pelo imperialismo evidencia que, a ditadura mais terrível é a dos países imperialistas, pois ao todo, representam 12% dos países do mundo que realmente se desenvolveram no sistema capitalista, explorando todos os demais países, os ditos “terceiro mundo”, ou seja, oprimidos e pobres, representando 88%. Para atingir seus objetivos pecuniários, eles não veem problema em iniciar um conflito generalizado, que joga na miséria centenas de milhares de pessoas. Afinal, após o término da Segunda Guerra Mundial (1945), mais de 80% dos conflitos militares entre as nações, foram iniciadas por operações norte-americanas, principal potência imperialista após o declínio britânico, uma verdadeira máquina de guerra.

Assim, foi na chamada “Guerra ao Terror”, que realmente foi um filme de horror para os iraquianos, na ofensiva contra a soberania da Líbia e no Afeganistão – e, finalmente, desde 2014, contra o Iêmen, pois a guerra civil com ampla participação da Arábia Saudita, com apoio da Casa Branca, está colocando na extrema pobreza uma quantidade exorbitante de pessoas. Além dos mortos, vemos situações que fazem o inferno parecer um passeio no parque: fome, doenças, crianças sendo utilizadas em confronto armado, aumento de todo tipo de violência. E o maior responsável por esta situação desumana é o imperialismo. Este fato ilumina uma política coerente para os partidos de esquerda, pois é esclarecedor sobre a essência do problema. A situação decadente da esquerda nacional e mundial, obriga-nos a estabelecer um debate sobre a luta de classes – que, aos desavisados, representa uma mera luta entre o “coitadinho” e o “valentão”, uma visão moralista de cunho religioso que nada tem a ver com a concepção histórica e científica da verdadeira luta de classes elaborada por Marx. O partido Democratas (EUA), utilizando esta brecha supostamente “progressista”, ataca países atrasados com a bandeira LGBT, do machismo, entre outras pautas legítimas, porém, que camuflam a verdade. E a esquerda, por uma loucura ideológica, acaba ficando do lado dos países imperialistas, como vemos no ataque ao Catar (país que está sediando a Copa do Mundo). Os dados nos mostram que estas operações ao redor do mundo, nada tem de democráticas, muitos menos inclusivas, pois sempre tem como produto a pior situação possível nas condições de vida dos povos oprimidos.

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