Os professores da rede municipal de ensino da cidade de Novo Hamburgo, localizada no estado do Rio Grande do Sul, se encontram em greve desde o dia 1º de dezembro, contra as medidas de ataques desferidas pela prefeitura do município.
Comandada pela direitista Fátima Daudt, do PSDB, a prefeitura do município quer aprovar, através da não menos direitista Câmara de Vereadores, um projeto que visa, entre outras medidas: aumentar a contribuição e tempo previdenciário do funcionalismo público municipal de ativos e aposentados e, logicamente, rebaixar os salários dos servidores; a venda da dívida de reparcelamentos da prefeitura junto ao Ipasem (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Novo Hamburgo) para o Banco do Brasil; e a redução na contribuição patronal na assistência médica.
Essa mesma administração da prefeitura, que em 2020 sancionou projeto que adequou a legislação do Município à Emenda Constitucional nº 103, do governo golpista de Jair Bolsonaro, em que uma das modificações foi de aumentar de 11% para 14% a alíquota previdenciária do funcionalismo público, agora quer, mais uma vez, penalizar os servidores, com o objetivo de assaltar ainda mais os trabalhadores para beneficiar meia dúzia de capitalistas e banqueiros parasitas, com o aumento dos atuais 14% para 19% referente ao desconto previdenciário dos servidores municipais para os próximos 20 anos.
Esse projeto da direita golpista nada mais é do que novamente um assalto aos servidores da ativa e aposentados do município de Nova Hamburgo.
Não é por acaso que 100% dos profissionais da rede municipal de ensino de Novo Hamburgo estão em greve.
A mobilização dos professores, e não poderia ser diferente, trata de combater mais um plano macabro da prefeitura e seus prepostos na Câmara de Vereadores, com mais essa medida que, no frigir dos ovos, significa um rebaixamento salarial dos trabalhadores, que já a um bom tempo estão com a corda no pescoço por conta da política de rapinagem nos seus salários.
O funcionalismo da rede municipal deve abrir uma verdadeira guerra contra mais esse ataque e, através das suas organizações de luta, unificar todos os trabalhadores para organizar uma gigantesca mobilização, uma greve de todos os trabalhadores da rede municipal, e utilizar dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora para que, se no caso da Câmara de Vereadores ameaçar pôr tal projeto em votação, ocupar as dependências daquela instituição e impedir a votação. Somente a mobilização dos trabalhadores poderá barrar a ofensiva da direita golpista contra os direitos dos trabalhadores conquistados através de muitas lutas.