O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, enfrenta um dilema, segundo o ex-chefe de marketing do COI: Michael Payne, à decisão de permitir ou não, a entrada de atletas russos e bielorrussos na competição em Paris (2024) é “a decisão mais difícil que Bach enfrenta”. A restrição seria em consequência da guerra entre à Rússia e Ucrânia, iniciada no dia 24 de fevereiro de 2022. O argumento, péssimo, porém citado, é que a participação destes atletas prejudicaria a “integridade do evento”. No entanto, a OCA (Comitê Olímpico da Ásia) e a USOPC (Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos), nas últimas semanas defendem a participação de todos, inclusive os russos e bielorrussos, com a defesa de que este conflito não pode mais afetar essa decisão. O fascista Volodomyr Zelensky, presidente ucraniano, se mostrou enfurecido por ter seus interesses contrariados, faz enorme pressão ao presidente da organização, para minar as possibilidades da Rússia participar do evento. Outro antigo executivo, Terrence Burns, americano, diz que o objetivo da competição é unir os povos do mundo:
“A razão da existência do COI, é usar o esporte como uma plataforma unificadora – talvez a única – e manter o mundo unido. Eu vejo isso como uma evolução pragmática de direção em uma situação quase sem vitória. Princípios e valores são importantes, não importa o quão impopulares sejam quando aplicados”, disse a AFP (Agence France-Presse).
Fica evidente que a “democracia” ataca mais uma vez, às barbaridades que são discutidas, evidenciam o reacionarismo, mesmo que se passe fantasiado com retóricas progressistas. Eu gostaria de saber quando os EUA foram retirados de alguma competição mundial, pois não é este pais que desestabiliza o mundo inteiro? –, destrói sem qualquer responsabilidade qualquer lugar, eles exploram riquezas naturais em diversos países pobres, matam diversos povos, iniciam guerras, e prendem efetivos jornalistas por desvendarem os seus crimes, que são muitos (Julian Assange). Mas mesmo assim, provado e documentado, não é o suficiente para ser tratado como realmente é, um estado baseado em ladroagem e rapina, assassinato e corrupção. A roupagem dita democrática oculta todas essas verdades. Já a Rússia, país de capitalismo atrasado, está numa luta constante com o imperialismo, e é apresentado como um verdadeiro regime “autocrata”, o Vladimir Putin, o próprio Hitler contemporâneo, tem como levar a sério a mídia corporativa? – É claro que não. A russofobia, como diz o primeiro-ministro polonês, Mateus Morawiecki, é um sentimento dominante no país, devo corrigi-lo, não só na Polônia, mas como no resto do Ocidente comandado pelas oligarquias financeiras. É relevante a memória de um caso, a Arábia Saudita não foi expulsa da Copa do Mundo (2022), mesmo, com apoio norte-americano, responsável por uma das maiores crises humanitárias no mundo atual, a guerra no Iêmen, que é responsável pela miséria de inúmeras pessoas, especialmente mulheres e crianças. Fica evidente que é mais um ataque do imperialismo aos povos oprimidos, devemos nos posicionar a favor dos atletas russos e bielorrussos em qualquer competição, mas não apenas isso, como denunciar toda operação verdadeiramente russofóbica, contra artistas, atletas e até empresários russos, pois representa o que está acontecendo desde o início da guerra por procuração sustentada pela OTAN.
