Recentemente, a Open Society anunciou sua nova medida “humanitária”: bolsas para os afegãos refugiados nos Estados Unidos, no Reino Unido ou no Canadá. Os interesses por trás da organização de George Soros, no entanto, não têm nada de bondoso, mas de expansão de uma política imperialista para os países atrasados.
A postagem da Open Society pode ser acessada em: https://twitter.com/OpenSociety/status/1592563172925673473
O imperialismo, bloco composto pelas potências capitalistas, possui como rotina intervir em outros países para levar a eles sua política: não por fins inocentes, acreditando que poderiam ajudar os outros povos, mas com a finalidade única de expandir seu domínio econômico e transformá-los em colônias contemporâneas exploradas pelo capital. Para as intervenções imperialistas não existem, por exemplo, assuntos de soberania nacional; apenas seus próprios interesses. Este é um dos motivos, inclusive, pelos quais as burguesias nacionais dos países atrasados constantemente entram em choque com os Estados Unidos ou os países europeus: seus interesses vão de encontro com os interesses estrangeiros.
No entanto, pegaria mal para os imperialistas chegar com os dois pés na porta sempre. Uma forma que faz com que essas empreitadas sejam possíveis nos países atrasados é por meio do financiamento de figuras nacionais que fazem com que a política imperialista seja executada por lá. No caso do Brasil, por exemplo, figuras como Sônia Guajajara, a índia financiada pelo Itaú, e Guilherme Boulos, agente do IREE (como visto nos Boulos Papers), fazem seu papel de introduzir as políticas intervencionistas em solo nacional, assim como Boric fez no Chile.
No caso do Afeganistão, o interesse é ainda maior, pois ele foi palco recente de uma das maiores derrotas da história do imperialismo, que foi a retomada do país pelo Talibã em detrimento da ditadura norte-americana instalada em Cabul. A retirada das tropas dos Estados Unidos mostrou não só a incapacidade de manter seu domínio no Afeganistão, mas escancarou toda a crise enfrentada pelos EUA e a decadência do bloco imperialista. Tal decadência, portanto, revela que o imperialismo não consegue mais gerenciar com mão de ferro os países explorados como anteriormente.
Como dito anteriormente, as invasões não se dão apenas com os pés na porta, ou seja, os Estados Unidos não aceitarão perder o controle permanente do Afeganistão. Sua estratégia será, aos poucos, tentar retomar o domínio do país no oriente por múltiplas frontes; seja pela imprensa burguesa, por massivas injeções financeiras em milícias locais ou, por fim, por meio de aparatos bélicos e invasões militares.