Trem da linha 8-Diamante da CPTM, que circula entre as estações Júlio Prestes e Itapevi descarrilou na estação Domingos de Morais.
A mesma composição já tinha batido no final da plataforma da Estação Júlio Prestes em 10 de março deste ano, conforme constatação do repórter Willian Moreira do Diário do Transporte, de que o prefixo de um dos carros da ponta é de 7087. No acidente ocorrido em março, a ViaMobilidade, que já vinha sendo denunciada pelas inúmeras irregularidades, como: atrasos de trens registrados, falta de pessoal especializado, materiais e equipamentos, entre outras coisas, disse que a culpa foi do maquinista.
Desde janeiro de 2022, as linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda foram privatizadas pelo ex-governador do estado de São Paulo, João Doria, do golpista PSDB. As falhas existiam nas linhas pelo descaso do governo. Após a entrega à ViaMobilidade, pertencente à CCR, que tem antiga ligação com o PSDB e, apesar da constantes falhas nos trens, devido às irregularidades em manutenções, a empresa se recusou a acatar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público de São Paulo.
Posteriormente, em novembro (29), o MP/SP recomendou ao atual governo, de Rodrigo Garcia, do mesmo golpista PSDB, que fez a transação de entrega das linhas 8 e 9 da CPTM à CCR, que seja rescindido o contrato com a empresa.
No entanto, a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) disse não ter recebido o comunicado do MP, e afirmou que o processo seguiu todos os trâmites legais.
Os donos da ViaMobilidade não têm nenhuma preocupação com o conjunto da população que se utiliza do transporte sobre trilhos e, com seus funcionários, muito menos. O que na realidade importa para esse grupo de exploradores é o dinheiro fácil, independente de quais circunstâncias, se os equipamentos estejam em plenas condições ou sucateados, se podem ocorrer acidentes aos passageiros, operadores e demais funcionários, em suma, somente o volume nas contas bancárias aumentando é o que importa.
É preciso uma mobilização das direções do movimento operário, com a CUT à frente, para barrar todas as privatizações que estão sendo encaminhadas e reverter as que já foram realizadas reestatizando-as, porém, o processo deve se dar desde empresas de caráter municipal, estadual, bem como as federais, como a Refinaria Isaac Sabbá (Reman) da Petrobrás, em Manaus. É uma necessidade do conjunto dos trabalhadores, tanto do funcionalismo público, quanto da iniciativa privada e do conjunto da população.