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Fascismo

Estado de exceção: EUA vão remover “doentes mentais” das ruas

Os supostos direitos-humanos defendidos pelo imperialismo e pelo Partido Democrático demonstram ser apenas uma mera fachada, seu próprio povo não possuí acesso a direitos básicos

Os Estados Unidos estão vivendo uma das mais profundas crises de sua história. Com milhares de pessoas sendo empurradas para o nível de miséria, com a polarização política ainda mais acentuada, o principal país do imperialismo está muito longe de garantir qualquer bem-estar social para sua população, apesar na política de pilhagem realizada contra os países atrasados. Em meio a este cenário o número de moradores de rua vem também aumentando exponencialmente.

Na principal cidade do país, Nova Iorque, a discussão do momento é como resolver o grande número de pessoas que estão vivendo nas ruas da cidade como também no interior do metrôs. Em relação a este problema, o “democrático” imperialismo, decidiu definir os moradores de rua como “doentes mentais”, uma típica fraude tradicional da burguesia. No lugar de assumir que são famílias de trabalhadores que devido a crise foram empurrados a mais absoluta miséria, a burguesia norte-americana trata os pobres como “doentes” e assim decidiu agir com esta base.

O prefeito nova-iorquino, o democrata Eric Adams, anunciou que irá realizar um plano agressivo para hospitalizar à força todos os moradores de rua. No lugar de prover à população moradia, segurança e iniciativas que possam fazer estes trabalhadores a saírem desta situação de miséria, o prefeito do Partido Democrata, decidiu que o melhor seria tratar todos como loucos e interna-los à força.  Adams, que foi eleito com base na política identitária, como um líder negro que curiosamente tem como ex-profissão a polícia norte-americana, se mostrou mais uma vez um verdadeiro criminoso contra os trabalhadores e o próprio povo norte-americano.

A ação é tão abertamente fascista, que demais representantes da burguesia local estão vendo-se obrigados a tentar contornar a situação. Steven Banks, ex-representante de serviços sociais, afirmou que “a falta de moradia é impulsionada pela diferença entre aluguéis e renda e a falta de moradia acessível, e os desafios de saúde mental para pessoas abrigadas e desabrigadas são impulsionados pela falta de serviços de saúde mental comunitários suficientes”. Ou seja, a própria declaração demonstra que na realidade não existe problema de mera saúde mental. Ou devemos concluir que a população dos Estados Unidos está simplesmente ficando louca, ou verificamos o óbvio, que a desigualdade social está aumentando rapidamente em meio a crise, e a inflação dos aluguéis, altos custos de vida, desemprego e baixos salários estão empurrando milhares de trabalhadores para às ruas das principais cidades dos Estados Unidos.

Por outro lado, o ex-comissário de polícia de Nova Iorque destacou outra parte do problema. Willian Bratton, declarou que “não há lugar para colocar um monte dessas pobres almas”. Além disso, a prefeitura afirmou estar ciente que não há leitos psiquiátricos para todos e que a “cidade começaria a treinar policiais para responder com compaixão”. Esta última parte serve para mais uma vez demonstrar a brutalidade com que está sendo tratada os moradores de rua. A conduta da polícia é de pura repressão contra os moradores de rua, que em suma maioria são negros e imigrantes no país, representando a parcela mais oprimida da sociedade dos Estados Unidos.

Agora, ou o trabalhador pobre é internado como louco, ou sofrerá nas ruas a brutal e fascista repressão policial. Esta política demonstra que nos Estados Unidos não há nenhuma democracia de fato, e que o imperialismo trata os trabalhadores norte-americanos, sobretudo os negros e imigrantes, da mesma forma com que trata o resto da população mundial. Contra os trabalhadores, a democracia norte-americana reserva o direito de ser reprimido e assassinado pela polícia, de não ter moradia, emprego e de ser internado em um hospital psiquiátrico, tratado como louco.

Esta política é o que há de mais reacionário na conduta com os moradores de rua. Os supostos direitos-humanos defendidos pelo imperialismo e pelo Partido Democrático demonstram ser apenas uma mera fachada, já que contra seu próprio povo não é reservado sequer os direitos básicos para se sobreviver no país.

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