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Governo Lula

“Eleito para governar para os humildes” e não para os banqueiros

Os posicionamentos do futuro governo contra as pressões do "mercado" devem ser apoiados pelos que defendem os interesses da população trabalhadora

Em entrevista na última sexta feira (02), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, desmentiu a boataria e verdadeira campanha feita pela imprensa capitalista – servido aos interesses dos bancos e outros especuladores – acerca da composição do seu ministério.

Lula brincou com o fato de que dezenas de “ministros” tenham sido anunciados pela imprensa capitalista quando ele mesmo não decidiu pela presença desses “indicados” no governo. Reafirmou que foi ele o eleito e que é ele quem vai tomar as decisões. Ademais, disse que os nomes dos ministros serão divulgados depois do dia 12 próximo, depois de ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sobre as pressões que vem recebendo em torno da composição dos ministérios e da política a adotar, ou seja, sobre a pressão do chamado “mercado”, isto é, dos bancos, demais especuladores e tubarões imperialistas, o futuro presidente disparou:

“As pessoas têm que saber que ganhei essas eleições para governar para as pessoas mais humildes desse país”

E destacou que as principais decisões na área econômica terão sempre sua participação, não serão do titular da pasta da Fazenda ou da Economia.

Lula, corretamente, se opôs ao estelionato que querem lhe impor de, tendo recebido o apoio político e eleitoral dos trabalhadores e da população mais pobre, adotar medidas em favor dos que, de fato, apoiaram o outro candidato e todo o regime golpista, para garantir seus interesses e privilégios às custas da exploração da imensa maioria.

No dia anterior, no próprio CCBB, Lula havia se reunido com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras “centrais” sindicais nos quais destacou a importância do apoio das organizações dos trabalhadores e reafirmou seus compromissos com reivindicações dos sindicalistas que, ainda que limitadas e genéricas na forma em que foram apresentadas, são uma expressão das demandas populares.

Falando de economia, na entrevista, Lula também demarcou em uma posição que se opõe, inclusive, a posicionamentos anteriores da esquerda e do próprio Lula que, em certo sentido, alimentou a falsa ilusão, propagada pela burguesia golpista, de que impulsionar o crescimento automaticamente levaria à melhoria das condições de vida do povo. Segundo ele,

“Não adianta o PIB crescer 10% e o povo não participar disso”

Nesta direção, ele apontou como uma das medidas destacadas na área econômica que seria “inegociável”  o aumento real do salário mínimo atrelado ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e, mais uma vez, procurou se mostrar confiante na aprovação da PEC do teto de gastos para garantir  recursos, ainda que limitados, para o pagamento do Bolsa Família de R$600, com acréscimo de R$150 por criança menor de 6 anos.

Os posicionamentos de Lula contra as pressões dos sanguessugas do mercado financeiros, que abocanham todos os anos mais de 50% dos trilhões em impostos pagos pelos trabalhadores, devem ser apoiados pelos que defendem os interesses da população trabalhadora.

Contra uma posição passiva da maioria da esquerda e das organizações sindicais e dos trabalhadores diante das pressões da direita e das necessidades reais e imediatas dos trabalhadores, é preciso impulsionar uma campanha em torno de reivindicações concretas da população explorada  (salário, emprego, combate à fome etc.) e pela expropriação dos parasitas, como na defesa da estatização dos bancos e da sobretaxação das grandes fortunas.

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