Nessa segunda-feira (19), trabalhadores do setor aéreo entraram em greve por aumento salarial e melhores condições de trabalho.
Na última quinta-feira (15),, em assembleia do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), pilotos e comissários aprovaram uma greve nacional. Os aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza confirmaram adesão.
A greve será por tempo indeterminado e ocorrerá todos os dias das 6h às 8h, havendo concessão para as aeronaves que estiverem transportando pessoas enfermas ou órgãos para transplante. O SNA pontua que “em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas, sendo assim todas as decolagens iniciarão após às 8h”, e que “Desde o início das negociações as empresas não se mostraram dispostas a atender às reivindicações da categoria”. O comunicado ainda ressalta que os preços das passagens aéreas só aumentam, e geram lucros crescentes para as empresas.
A verdade é que desde o início do governo do ilegítimo presidente Jair Bolsonaro, foi iniciado um grande projeto de entrega dos aeroportos brasileiros. No início de 2019 já se tinham ido três rodadas de leilões das cinco planejadas. O plano é que depois da privatização dos 12 aeroportos, haveria a extinção da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), segundo o diretor do Departamento de Políticas Regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), isto é, trabalhadores e usuários do serviço que já ficam nas mãos das empresas aéreas, estariam como já estão, mais explorados ainda. Esse video aqui mostra esse problema.
Toda essa estrutura soma uma capacidade de atendimento para 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação, e que, como faz parte da política entreguista dos golpistas, saiu à preço de banana para os grandes capitalistas, que espremem mais e mais os trabalhadores.
O SNA também pontua as condições de trabalho dos trabalhadores, que só piorou desde o início das privatizações.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), entrou no Tribunal Superior do Trabalho (TST) pedindo que a greve fosse considerada abusiva, pelo visto 2h por dias causa bastante estrago no bolso dos capitalistas. Mas o TST, na figura da Ministra Maria Cristina Peduzzi, não avaliou como abusiva… no entanto, determinou que 90% dos pilotos e comissários trabalhem durante a greve, isto é, determinou que não haja greve.
O Presidente eleito Lula, já se colocou contra as privatizações, inclusive em relação aos aeroportos, já barrou o processo de privatização de aeroportos no Rio de Janeiro, e sabemos que não será fácil essa luta. Esse é o caminho correto, greve e mobilizações populares para barrar e reverter as privatizações das grandes empresas e indústrias nacionais.