O Iêmen é um país árabe de religião muçulmana, que tem seu território dentro do continente asiático, localizado especificamente na península da arábia. O país, que hoje está unificado (mas em guerra desde 2014), já foi reino, colônia britânica e até mesmo dividido entre sul socialista e norte capitalista. O Iêmen é rodeado por países do golfo pérsico aliados ao imperialismo, tal qual a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e o Kuwait, o que explica muito de suas crises, pois desde 2015 esses países formaram uma coalizão com apoio dos Estados Unidos (Durante a gestão Obama-Biden) e intervêm militarmente no país, causando uma guerra que vêm tendo como resultado apenas danos à economia, às suas infraestruturas e já deixou centenas de milhares de mortos (o número é cerca de 250 mil pessoas mortas no período de 2015 a 2022) e mais de 20 milhões de pessoas sem acesso real a alimentação.
Um país tão massacrado pelo imperialismo norte-americano só encontrou ajuda com algumas poucas nações anti-imperialistas como o Irã e Cuba. Cuba tem uma boa relação com o país desde que tinha fortes laços com o Iêmen do sul (socialista). Recentemente, o embaixador do Iêmen em Havana, Muhammad Nasher, entrou em contato com a vice-ministra das Relações Exteriores cubana, Anayassi Rodríguez, procurando claramente estreitar as relações entre as duas nações, o que é louvável da parte de Cuba que, mesmo sobre tantos bloqueios e pressões, segue na busca de um mundo mais justo e tenta ajudar os países mais oprimidos.
É importante compreendermos que essa guerra apresenta em sua superfície motivos politicos e religiosos, pois ela se inicia dentro do próprio país entre um grupo revolucionário Xiita e um grupo pró governo conservador Sunita, mas à partir do momento que o grupo mais revolucionário (Houthis) começa a tomar territórios é que ocorre a intervenção imperialista pois além dos motivos citados podemos destacar que a região do golfo pérsico é a mais rica em petróleo do mundo e logo sabemos que não é de interesse dos países imperialistas qualquer tipo de conflito que coloque no poder líderes anti-imperialistas na região.
Vale destacar que neste mês de dezembro, estava encaminhada uma votação nos Estados Unidos para encerrar o conflito, ela foi proposta pelo senador progressista Bernie Sanders mas a votação teve que ser abandonada pois a cúpula da casa branca se opôs ao acontecimento da mesma, ainda que o senador faça parte do mesmo partido (democratas) ele é tido como uma voz mais sensata e foi duramente censurado.