Em um momento de enorme incerteza e quando levamos adiante um dura luta pela vitória de Lula, do candidato dos trabalhadores nas eleições deste domingo (30/10), publico abaixo o texto que, como militante do movimento operário, coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária e membro da direção do PCO, gostaríamos de ver estampado nos nossos boletins sindicais e outros, no dia seguinte ao segundo turno das eleições presidenciais que, por certo vão marcar o andamento da luta de classes no próximo período.
“Diante da vitória de Lula, intensificar a luta
POR UM GOVERNO DOS TRABALHADORES
Sem patrões e sem golpistas!
- Pelo atendimento das reivindicações do povo explorado
- Pela revogação da “reforma trabalhista” e de todo os ataques contra a classe trabalhadora
- Nacionalização do petróleo. Petrobras 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores
- Mais verbas para a Saúde e Educação e Moradia
- Aumento de 100% dos Salários
- Redução da Jornada de Trabalho para o máximo de 35h semanais, para que todos possam trabalhar
Depois de muitas manobras, coerção e tentativas de novos golpes, o resultado das eleições do último domingo apontou a vitória do candidato dos trabalhadores e das suas organizações de luta.
A vitória é o resultado da enorme revolta popular contra tudo o que foi imposto nos últimos anos desde o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (2016), condenou e prendeu Lula ilegalmente, tudo para impor pesados ataques contra o povo trabalhador.
Lula venceu apesar das enormes sabotagens de abutres que procuraram se passar por seus aliados e tentaram impedir uma campanha de mobilização e enfrentamento com a direita.
A vitória de Lula é a vitória do ativismo da esquerda, das organizações de luta dos explorados, dos comitês de Lula que se mobilizaram contra o golpe, pela liberdade de Lula, pelo fora Bolsonaro e pela vitória de Lula nestas eleições.
A direita vai espernear e antes de entregar o governo, procurar atacar Lula e a esquerda (como fizeram com Dilma em 2014 e nos anos seguintes) e, se tiverem condições tentar a sua derrubada ou tomar de assalto o governo impondo a presença de elementos direitistas inimigos das reivindicações dos trabalhadores e defensores dos interesses dos banqueiros e outros tubarões capitalistas que querem que tudo fique como está.
Os trabalhadores da cidade e do campo e suas organizações de luta, como a CUT, os sindicatos, os partidos de esquerda, as organizações populares, estudantis etc. devem se mobilizar para garantir a vitória e impedir qualquer tentativa de golpe, saindo às ruas e parando o País, se preciso for.
Mais do que nunca é preciso unificar a esquerda na luta para enfrentar nas ruas e onde for preciso as armações da direita bolsonarista e dos demais setores golpistas e também para lutar para que o novo governo de Lula seja um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, sem judas traidores como tivemos no passado, com a presença de representantes das lutas da classe operária e de todo o povo explorado, aliados fiéis de Lula e defensores dos interesses da maioria da nação contra os sanguessugas capitalistas.
Para organizar essa luta, a CUT e as grandes organizações de luta devem convocar um Congresso Nacional dos Trabalhadores do Campo e da Cidade, com milhares de delegados eleitos em assembleias de base, para aprovar um programa e um plano de lutas para a próxima etapa, que será de um disputa muito acirrada entre os que garantiram a vitória de Lula e querem mudar o País contra toda a direita que vai buscar sabotar e preparar um novo golpe contra Lula e o povo brasileiro.
Propostas nestes sentidos devem ser aprovadas nos Sindicatos e nas organizações populares
Sem tempo a perder, é hora de arregaçar as mangas!
Com Lula, por um governo dos trabalhadores!”
Mas, perguntarão alguns, e se formos derrotados, com a vitória da máquina do Estado e dos grandes capitalistas, contra o candidato do povo? De pronto, a mesma necessidade de reorganizar a luta, e uma política para unir os trabalhadores e a esquerda contra o avanço do regime golpista: Por Fora Bolsonaro.