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Biden “estatiza” Big Techs para censurar apoiadores de Trump

Depois do discurso de Biden em defesa da censura e da destruição da democracia nas redes, as principais empresas de tecnologia impõem novas medidas de repressão aos usuários

Entre os discursos dos charlatães do liberalismo, muito se fala sobre a importância da independência das entidades privadas. Entretanto, a prezada autonomia das grandes empresas vai só até a página dois. Na última semana, ao seguir com rédea curta as direções de Joe Biden, os grandes conglomerados das empresas de tecnologia se mostraram fiéis aliados do governo norte-americano.

YouTube, Twitch, Microsoft, bem como a empresa-mãe do Facebook e do Instagram, Meta, anunciaram na quinta-feira que vão reforçar o monitoramento e remover conteúdos supostamente odiosos das redes sociais. O anúncio veio em seguida da Cúpula “Unidos Nós Estamos”, organizada pelo representante supremo do imperialismo norte-americano e presidente dos EUA, Joe Biden.

No evento, que contou com lideranças empresariais, policiais e ativistas, Biden requisitou uma maior censura nas redes sociais, controle de armas e uma repressão brutal aos “extremistas das redes sociais”. Ele afirmou que estes extremistas seriam “a ameaça terrorista mais letal na pátria”, e que o Congresso deveria responsabilizar as empresas de redes sociais por espalharem o ódio.

Pois bem, sobre o título de “supremacistas brancos”, “terroristas” e “disseminadores de ódio”, aqueles que serão atingidos pela censura, são, em primeiro plano, apoiadores de Trump que se manifestam nas redes sociais. Trata-se de uma censura com um claro direcionamento político. Não são grandes assassinos e terroristas que estão sendo censurados, mas sim, pessoas comuns que pretendem dar sua opinião por alguma rede virtual. 

Na realidade, a censura nas redes sociais é uma das principais campanhas do imperialismo. A internet trouxe consigo uma inédita democratização dos meios de comunicação e fez com que um número imensurável de pessoas pudessem propagar sua indignação com o imperialismo e contra sua política neoliberal. Por isso, o imperialismo busca, de todas as formas, restringir o acesso e o que pode ser dito na internet.

Além disso, Donald Trump ainda é uma ameaça para o governo dos EUA e para a estabilidade do regime imperialista. Ao contrário de Biden, Trump tem um verdadeiro apoio popular, por setores da classe média e mesmo da classe trabalhadora. Apoio esse que é muito manifestado, justamente, nas redes sociais. Enquanto Biden é constantemente desmoralizado, como quando ele tombou de bicicleta e acenou para fantasmas, Trump, mesmo tendo sido banido de diversas redes, cresce diariamente. Ele é reflexo da crise política nos EUA, que gerou uma intensa insatisfação popular. Se Biden não tem verdadeiro apoio popular, Trump tem daqueles que não alcançaram ainda um nível razoável de compreensão política e por isso acham que a extrema-direita os representa.

Ou seja, Biden quer censurar as redes para garantir a estabilidade de seu governo. A estabilidade do principal governo imperialista. É uma campanha aberta em defesa da censura política, da destruição da democracia nas redes. Não tem nada a ver com a segurança da população e a luta contra o terrorismo.

 Mesmo assim, as empresas que se dizem defensoras da liberdade e contra a intervenção estatal aplaudiram de pé quando Biden disse que queria que o Congresso “responsabilize as empresas de mídia social por espalhar o ódio”.

Assim, de imediato, ordem dada é ordem cumprida. Biden pediu para que o Congresso se livre da “imunidade especial para empresas de mídia social e imponha requisitos de transparência muito mais fortes a todas elas”. A Casa Branca pediu a revogação da Seção 230, uma lei que protege as empresas on-line da responsabilidade pelo conteúdo postado por usuários, e, antes mesmo de o Congresso dar alguma definição, as próprias empresas bateram continência.

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De acordo com um site da própria Casa Branca, o YouTube expandirá sua remoção de conteúdo “glorificando atos violentos” e lançará uma campanha para ajudar usuários jovens a identificar as “táticas de manipulação usadas para espalhar desinformação”. O Twitch tornará mais fácil para os usuários denunciar “ódio e assédio”, a Microsoft usará inteligência artificial para “detectar ameaças credíveis de violência” daqueles que usam seus produtos, e o Meta fará parceria com o Middlebury Institute of International Studies’ Center on Terrorism, Extremismo e Contraterrorismo para “analisar tendências no extremismo violento e… ajudar as comunidades a combatê-lo”.

Ora, mas o conglomerado das empresas de tecnologia do mundo responde às ordens da Casa Branca? Não seriam as Big Techs empresas privadas e autônomas? Não seriam elas defensoras da liberdade?

Não. Efetivamente, os conglomerados capitalistas são grandes irmãos do imperialismo. Irmãos capazes de abrir mão da liberdade de seus clientes e de parte de seu faturamento para defender sua relação fraterna. YouTube, Twitch, Microsoft e Meta estão, antes de tudo, prontas para preservar e proteger o imperialismo e o governo Biden. Elas fazem parte da mesma campanha política. São, em última instância, o imperialismo em si ─ que tem na estrutura governamental dos países desenvolvidos a sua expressão política.

A liberdade pela qual os defensores do capitalismo bravam é uma farsa. As medidas tomadas de prontidão, logo após o discurso de Biden, revelam que o conglomerado capitalista não luta pela liberdade das empresas e das pessoas, mas sim, pela manutenção do seu monopólio econômico, pela sua própria liberdade e pela liberdade de seu regime político esmagar e estabelecer uma ditadura sobre o restante da população.

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