Para quem tinha dúvida que os banqueiros nacionais e internacionais foram uns dos grandes financiadores da farsa do impeachment, no reacionário Congresso Nacional, da presidenta Dilma Rousseff em 2016, as atuais medidas dos banqueiros, contra os trabalhadores, com o golpe desfaz todas essas dúvidas.
Não se pode ter uma dúvida sequer que o golpe, financiado pelos grandes banqueiros, capitalistas e os países imperialistas, foi para aprofundar ainda mais os ataques aos trabalhadores e a população em geral, com medidas contra os direitos e conquistas da classe trabalhadora, para beneficiar meia dúzia de parasitas.
Uma dessas medidas, implantada já no governo do vampiro Michel Temer, foi aquela aprovada a toque de caixa no Congresso Nacional: a Lei das Terceirizações. Os golpistas abriram as porteiras para um maior ataque às já precárias condições de vida dos trabalhadores, não só atacando os direitos como abrindo a possibilidade de fragilizar as organizações de luta dos trabalhadores.
Depois do banco espanhol em solo brasileiro, Santander, dar o golpe de criar uma nova empresa, vinculada ao banco, mas com um novo CNPJ, e transferir setores inteiros para esse CNPJ, agora foi a vez do Banco da família Safra, que acaba de criar, também, uma nova empresa: a SCFI, que passou, no último dia 01 de dezembro, todo os negócios e equipes da Financeira e Empréstimos Consignados do banco.
Com essa jogada, os bancários daquela dependência passarão, compulsoriamente, a ser terceirizados, não fazendo mais parte da categoria bancária e, logicamente, deixando de ter direitos, conquistados ao longo de mais de 100 anos de lutas, da Convenção Coletiva dos bancários.
Com isso o banco já anunciou, através de comunicado interno, que esses trabalhadores deixam de fazer parte da categoria bancária, passando a fazer parte de financiários, alterando a data base de setembro para junho e, claro, retirando diversos direitos, agora que esses trabalhadores passaram a fazer parte de uma outra categoria e não estarão mais cobertos pela Convenção Coletiva dos Bancários.
Os banqueiros encontraram uma forma jurídica e política para atacar, ao mesmo tempo, o valor da força de trabalho e a organização sindical dos trabalhadores, com vistas a diminuir, ainda mais, a sua capacidade de barganha.
É preciso que as organizações sindicais dos trabalhadores bancários, conjuntamente com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), urgentemente, organizem uma gigantesca mobilização contra mais esses ataques reacionários dos banqueiros. Ter como ponto fundamental a luta contra as terceirizações e derrubar a famigerada lei, promulgada pelos representantes diretos dos banqueiros nas instituições do Estado, cuja única função foi atacar os direitos dos trabalhadores para beneficiar os lucros desse setor mais parasita da economia nacional.