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Nada de pacifismo

A violência dos oprimidos contra os opressores é sempre legítima

Entre a Rússia e a OTAN, os trabalhadores não devem ter dúvidas de que lado ficar.

Diante da necessidade de se posicionar diante das ações militares na Ucrânia e sob uma pressão enorme dos monopólios da comunicação, diversos setores da esquerda se esconderam atrás de uma neutralidade que é simplesmente impossível. Alguns foram além e apresentaram a ridícula tese de que a esquerda seria essencialmente pacifista. Só uma esquerda muito apartada da realidade social é capaz de ignorar que a violência faz parte do cotidiano do povo, onde essa população é a parte oprimida em quase todas as situações.

No entanto, os pacifistas de ocasião não trabalham de fato para estabelecer uma paz hoje para a maioria da população mundial. Uma paz que passaria por convencer amistosamente a classe dominante a abrir mão do seu capital, sua propriedade, seus luxos, em prol de uma vida mais pacífica para os trabalhadores mundo afora. Se fosse possível, estaríamos no mesmo barco, mas os marxistas vivem e atuam no mundo real, onde a burguesia impõe um cotidiano de terror à maioria.

Esse pacifismo abstrato serve, por exemplo, para defender que a população das favelas fique desarmada enquanto a polícia assassina mães, pais, irmãos, sobrinhas, netos.. É um pacifismo que ajuda a burguesia a continuar com a matança nos bairros populares. Um pacifismo que ajuda a esquerda mais direitista a demonizar qualquer manifestação política mais combativa, qualquer manifestação de revolta acumulada por gente oprimida cotidianamente, qualquer coisa que incomode de verdade a burguesia.

Os momentos onde um grande número de oprimidos se levanta violentamente contra a burguesia em geral ficam registrados nas páginas da história pois conseguem produzir alguma mudança, maior ou menor, nas condições materiais da vida dos trabalhadores. Para defender que o pacifismo é um princípio absoluto para a esquerda é necessário ignorar a história humana, incluindo a a curta história do século XXI até agora.

De quantas manifestações pacíficas que acabaram violentamente reprimidas os pacifistas do momento já participaram? Quantas borrachadas e esculachos já levaram da PM? Quantos amigos e parentes já perdeu para a polícia ou para a falta de condições materiais imposta pela classe dominante?

Os povos do mundo querem paz, mas vivem numa guerra, que assume diversas formas, contra a burguesia. Em última instância, essa paz que engloba a maioria da população humana só poderá se transformar em realidade através de uma revolução socialista em nível mundial. Se alguma condição histórica muito especial e improvável criar terreno para a tomada pacífica do poder pela classe operária, maravilha. Porém, a experiência prática acumulada ao longo da história da luta dos trabalhadores aponta para um cenário muito diferente, infelizmente com muita violência.

Quem atua no mundo com o objetivo de superar o capitalismo e superar essa pré-história da humanidade trabalha arduamente para a revolução, para a expropriação da burguesia e para a ditadura do proletário. Esse é o caminho para a paz. E não é um passeio tranquilo. Não é nem humanista defender um pacifismo que leva os oprimidos a seguir apanhando sem poder se defender. No final das contas, ficamos com a lição imortalizada no hino comunista A Internacional: “Paz entre nós, guerra aos senhores”.

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