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A fina arte do Brasil

A Seleção Brasileira é a seleção do povo

Os jogadores são os verdadeiros representantes do povo brasileiro

Com a chegada da Copa do Mundo, muita conversa fiada se ouve sobre a Seleção Brasileira. É impressionante o número de declarações cujo objetivo, se não é simplesmente o de avacalhar, no mínimo servem para deixar o clima ruim entre o povo e os jogadores.

Até o final do Mundial – e esperamos que o Brasil levante a taça – vamos falar muito neste Diário sobre as calúnias, mitos e besteiras que são ditas sobre a Seleção e o futebol brasileiro.

Sim, porque não é de hoje que a imprensa capitalista, essa imprensa que todo mundo sabe ser uma usina de mentiras e manipulações, dedica todo o tipo de calúnias e ataques contra a Seleção. Já falamos aqui que a imprensa é a pior adversária do time, que Nelson Rodrigues, no mínimo há mais de 50 anos, já denunciava o papel da imprensa contra a Seleção.

Na edição dessa sexa-feira deste Diário, mostramos os motivos que o brasileiro tem para não acreditar em nada do que diz a imprensa. A esquerda brasileira, sempre pronta a seguir tudo o que diz a imprensa, repete as mesmas coisas.

Todo mundo já ouviu algum esquerdista repetir a seguinte ideia: a Seleção Brasileira não representa o povo. Aí, para justificar essa máxima que nem mesmo a pessoa sabe de onde tirou, vem o argumento de que é assim porque os jogadores são todos milionários. Outros complementam dizendo que são mercenários que só jogam para receber. Outros dizem que é assim porque a maioria dos jogadores não joga no Brasil.

Para um desavisado, parecem bons argumentos porque como boa mentira ela precisa estar baseada em alguma realidade. Contudo, são argumentos sem nenhuma lógica.

Primeiro, é preciso dizer que ideias desse tipo não são da esquerda, mas uma repetição da campanha feita pela imprensa burguesa contra a Seleção e que os esquerdistas repetem.

O apresentador Milton Neves afirmou que a Seleção não representa o povo numa coluna de 15 de novembro

“Eu nunca vi uma Copa do Mundo tão ‘escondida’ no Brasil quanto a de 2022. Não sei se foi porque o noticiário político tomou conta nos últimos meses, ou se foi pelo calendário totalmente diferente do que estávamos acostumados. Mas o fato é que boa parcela da população brasileira nem sabe contra quem o Brasil fará o seu primeiro jogo no Qatar.”

Com as palavras dele, que é um direitista, a mesma ladainha. Como dissemos, é a imprensa burguesa que repete essas coisas. Milton Neves não deve ter saído na rua e não percebeu que o clima é totalmente favorável.

Mas voltemos aos esquerdistas e a “falta de identidade da Seleção com o povo”.

Primeiro, essas críticas desconsideram totalmente a história do futebol. Quem repete isso acredita que só a Seleção atual, ou dos anos mais recentes, é composta por grandes astros que não tem nada a ver com o povo. Mas isso não é assim.

Vamos voltar no tempo. Leonidas da Silva, talvez o primeiro grande astro brasileiro do futebol, era tão idolatrado como qualquer outro jogador. Guardadas as diferenças de época, Leonidas era ainda mais idolatrado do que Neymar, por exemplo. Neymar não ganhou uma marca de produto com seu nome ainda, mas quase todo mundo já deve ter dado uma mordida num Diamante Negro, que ganhou esse nome graças ao apelido de Leonidas.

A lista seria grande: Leonidas, Pelé, Garrincha, Zico. Todos esses jogadores eram astros.

Outra coisa importante é que as críticas são direcionadas apenas aos jogadores brasileiros. O brasileiro é ruim, mas e os outros, também não são grandes astros milionários. É tudo uma grande besteira!

Por fim, a crítica de que os jogadores não joga no Brasil. Aqui, de fato é um problema, mas não tem nada a ver com maior ou menos “identidade”. Aqui é um problema econômico e político. A única maneira de resolver esa problema é defendendo o futebol brasileiro das garras dos grandes monopólios capitalistas europeus. Somos pobres e temos os melhores jogadores e eles são ricos e nos roubam esses jovens talentos.

A crítica aqui não deve ser contra a Seleção, mas contra o capitalismo em particular contra os europeus e os monopólios.

Diferente do que dizem, a Seleção é sim a Seleção do povo. Quase todos, senão todos, os jogadores são pessoas que vieram da pobreza, jovens da periferia, negros, que ganharam a vida fazendo aquilo que o povo brasileiro sabe fazer melhor no mundo que é jogar bola.

Essa é a nossa Seleção, a seleção do povo brasileiro, o povo que inventou a arte de jogar bola. Quem não tem identidade com o povo são as pessoas que negam isso.

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