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Coronavírus

UTIs lotadas: estatizar os hospitais e garantir o atendimento!

Na cidade do Rio de Janeiro, a taxa de ocupação de leitos de UTI de 92% e de 87%. O sistema de saúde público se aproxima do total esgotamento.

O avanço da pandemia do coronavírus evidencia o colapso do sistema de saúde pública do Brasil. A política neoliberal, implementada pelos governos de direita, é a responsável pela atual situação. Nas ultimas décadas, o Sistema Único de Saúde (SUS) sofre com as parcerias público-privadas (PPPs), o avanço dos planos de saúde e a transferência de dinheiro público para os capitalistas da saúde privada.

Na cidade do Rio de Janeiro, os hospitais municipais estão lotados e não há mais vagas para leitos de UTI para pacientes com COVID-19. Os 288 leitos para casos graves, sob responsabilidade da prefeitura municipal, estão ocupados. As poucas unidades que existem estão em hospitais federais e estaduais.

Ao todo, 472 pessoas contaminadas pelo coronavírus ou com suspeita estão na fila de espera por uma vaga. Cerca de 252 pessoas precisam de vaga na UTI. Nesta segunda-feira (7), 707 pacientes se encontravam internados com a doença em hospitais municipais.

O Sistema Único de Saúde na capital fluminense, que inclui leitos sob responsabilidade do município, Estado e governo federal, apresenta taxa de ocupação de leitos de UTI de 92% e de 87% em enfermaria. Isto é, o sistema está à beira do esgotamento.

Desde o início da pandemia, são 371.376 casos confirmados de coronavírus e 23.151 óbitos no estado do Rio de Janeiro. Só na capital são 144.641 casos e 13.594 mortes. É importante destacar que há uma operação de manipulação dos dados em curso, o que aponta para uma realidade muito mais dramática.

Apesar do constante avanço da pandemia, confirmada pelas altas diárias no número de infecções, internações e óbitos, os governos desmontaram as parcas estruturas de atendimento. Hospitais de campanha foram desmontados, em um esforço para passar a impressão de que a pandemia estava em declínio e que se tratava de voltar à normalidade. Não houve testagem massiva da população e sequer uma verdadeira preocupação no desenvolvimento da vacina.

Os governos burgueses não oferecem nenhum tipo de amparo à população. Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido), principal defensor da política de abandono institucional da população, sempre deixou claro que era necessário “deixar morrer quem tiver que morrer”. Para ele, a pandemia vai exterminar um determinado número de pessoas e não se deve tomar nenhuma providência em relação a isso. As Forças Armadas, base fundamental do governo Bolsonaro, participam e apoiam as medidas governamentais de incentivo ao genocídio.

Os governadores estaduais e prefeitos de direita, de partidos golpistas (PSD, DEM, MDB, PSD, Republicanos, Progressistas, PSDB), tentaram se aproveitar do contexto para se descolarem da imagem de apoiadores de Jair Bolsonaro e da extrema-direita. Contudo,  no essencial, sua política não difere em nada da política de Bolsonaro. Estes governos fazem demagogia com o problema do COVID-19, sem qualquer medida real que organize a população para o enfrentamento da doença. Nem sequer os equipamentos de proteção individual, fator básico de proteção, foram distribuídos gratuitamente para o povo.

É preciso deixar claro que a incapacidade do sistema de saúde é fruto da política neoliberal, de transformação da saúde em uma mercadoria, cada vez mais cara e acessível para os setores privilegiados que têm condição de pagar. As parcelas da população que podem pagar têm chances de se tratar e sobreviver quando infectados pela doença. A população pobre, esmagadora maioria no país, tem que contar com a sorte, pois a doença pode significar uma sentença de morte.

Os bancos, instituições financeiras e grandes capitalistas pressionam pela reabertura total da economia e retomada dos serviços públicos, em especial na área da educação. Se isto vier a ocorrer, a situação já caótica da saúde pública vai se aprofundar, uma vez que as escolas e universidades servirão para a expansão do vírus entre estudantes, professores, funcionários e pais de alunos.

É preciso impedir que a matança da população siga ocorrendo. Todo o sistema de saúde deve ser imediatamente estatizado e posto sob controle dos trabalhadores e suas organizações políticas e sindicais. Não é possível permitir que siga em vigência a lógica que permite que o dinheiro salve vidas ou condene à morte.

O Partido da Causa Operária defende uma série de medidas para organizar o povo e enfrentar a pandemia. É preciso proibir as demissões, manter a suspensão das aulas nas escolas e universidades, manter o programa Auxílio Emergencial com valor de um salário mínimo até o fim da pandemia, aumentar o valor do programa Bolsa-Família, libertar os presos provisórios e não perigosos, garantir emprego para todos com a redução da jornada de trabalho e escala móvel das horas de trabalho, preservar o poder de compra dos salários com a escala móvel de salários, garantir os investimentos necessários na saúde para contratar os profissionais necessários e aumentar o número de leitos de UTI, impedir qualquer restrição nos direitos democráticos, proteger os direitos fundamentais do povo contra as investidas da extrema-direita. A luta pela derrubada do governo Bolsonaro e de todos os golpistas é um fator fundamental para a conjuntura atual.

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